Mito ou verdade: A carne exportada é melhor que a carne consumida internamente?
Qualidade da carne brasileira é discutida em Congresso
No segundo semestre de 2025, o Brasil bateu recordes na exportação da carne bovina. Ao total, no mês de julho, 313.682 toneladas foram enviadas, sendo um crescimento de 15,6% em relação a junho, e de 17,2% na comparação com julho de 2024 (267.885 toneladas). Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) e foram compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
A Indonésia e as Filipinas também passaram a importar carne bovina brasileira em 2025, ampliando ainda mais o alcance internacional do produto, e a expectativa é que o mês de agosto registre novos recordes de exportação. Em meio as novas adesões, surge a dúvida: se o Brasil oferece carne mais competitiva em preço e de excelente qualidade para o mercado externo, como fica a carne destinada ao consumidor interno?
A resposta é clara: a qualidade é a mesma. Os critérios de produção, inspeção e controle sanitário são únicos e aplicados de forma igualitária, independentemente do destino da carne. Assim, o consumidor brasileiro recebe um produto tão bom quanto o que chega às mesas fora do Brasil.
“Precisamos valorizar ainda mais o bom trabalho que é feito aqui. Estamos fazendo o maior evento de carne bovina no Brasil, o Conacarne, justamente para destacar a importância da eficiência produtiva e da qualidade da carne. O mercado externo está gerando uma grande demanda por um produto que garanta padrão, qualidade, respeito às leis ambientais e valores competitivos. Todos esses critérios já fazem parte da nossa produção”, afirma o gerente do Agronegócio do Sistema Faemg Senar, Rafael Rocha.
Brasil é reconhecido como país livre de febre aftosa
Em junho, o Brasil conquistou a certificação de país livre de febre aftosa sem vacinação, concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O reconhecimento reflete o sucesso do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa, coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, com apoio de autoridades estaduais e federais e em parceria com o setor produtivo. A estratégia contou, ao longo da última década, com investimentos estruturais e ações progressivas, como o fortalecimento dos serviços veterinários oficiais, a modernização dos sistemas de vigilância e a transição das zonas livres com vacinação para zonas livres sem vacinação.
Genética de ponta impulsiona exportações de carne bovina brasileira
O Brasil é referência mundial em genética bovina de corte, especialmente pelo aprimoramento de raças zebuínas, como por exemplo Nelore, Guzerá e Sindi. Atualmente, o país se destaca entre os maiores exportadores de sêmen, embriões e prenhezes para mercados da América Latina, África e Ásia. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), em parceria com o Cepea/USP, o primeiro semestre de 2025 registrou crescimento expressivo na produção e comercialização de sêmen bovino.
Conacarne destaca a importância da eficiência na produção
O Congresso Nacional da Carne (Conacarne), considerado o maior e mais completo evento voltado à cadeia da carne bovina no país, será realizado nos dias 18 e 19 de setembro, no Expominas, em Belo Horizonte. O congresso foi idealizado para debater os principais desafios e inovações do setor, alinhando a cadeia produtiva com as demandas do mercado interno e internacional. Entre os temas centrais estão:
- Tendências de consumo no Brasil e no exterior
- Qualidade e padrões de carne para produtores
- Carne do futuro e tecnologias de produção
- Expectativas sobre o mercado do boi
- Casos de sucesso na pecuária
- Apresentação de cortes especiais
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