Alta de energia ultrapassa R$ 10 por 100 kWh e reforça movimento ao mercado livre
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) confirmou que, a partir de agosto de 2025, será acionada a bandeira vermelha patamar 2, a mais cara do sistema tarifário. O aumento representa um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos, valor que, com impostos como ICMS, PIS e COFINS, ultrapassa os R$ 10 por 100 kWh. O impacto é significativo para famílias e empresas, especialmente durante o período seco, quando o consumo tende a subir.
A escassez hídrica que atinge o país já compromete a geração hidrelétrica, fonte de mais de 60% da matriz energética brasileira. Com reservatórios em níveis críticos, o governo recorre cada vez mais às termelétricas, uma alternativa mais cara e poluente. O impacto chega rapidamente ao bolso do consumidor: tarifas de energia em alta pressionam o IPCA, elevam o custo de vida e ameaçam a competitividade da indústria e de outros setores estratégicos.
Com esse cenário, cresce a busca por alternativas, como o mercado livre de energia, onde grandes consumidores negociam diretamente com fornecedores e ficam isentos das bandeiras tarifárias. A Ecopell, indústria de biomassa no interior de São Paulo, migrou para esse modelo em abril de 2024 e já colhe resultados. No segundo trimestre de 2025, pagou uma tarifa média de R$ 0,57 por kWh, 42% abaixo dos R$ 0,81 estimados no mercado regulado. A empresa aumentou seu consumo em 59% em relação ao trimestre anterior, sem acréscimo no custo por quilowatt-hora.
Diante da alta no custo da energia, a Ecopell adotou medidas rigorosas para evitar impactos na produção. “O controle de custos foi decisivo para manter o ritmo de produção”, afirma Tales Forcin, diretor da empresa. A economia mensal saltou de 28% em abril para 34% em junho, já sob a bandeira vermelha patamar 1. Com a nova tarifa adicional em vigor desde agosto, a expectativa é ampliar ainda mais essa diferença.
Com mais de 90% da carga industrial brasileira já elegível para migrar, a tendência é de crescimento contínuo do mercado livre, à medida que aumentam as pressões tarifárias e a necessidade de planejamento energético mais eficiente. Para Vitor Piva, diretor executivo da Erco Energia e especialista do setor, o movimento de migração deve se intensificar. “O mercado livre oferece mais do que redução de custos. Ele proporciona previsibilidade e estabilidade orçamentária, fatores cruciais para empresas que precisam expandir sua produção com segurança. Quem planeja essa migração com antecedência transforma uma vulnerabilidade em vantagem competitiva."
Sobre a Erco Energia
Fundada em 2012, a Erco Energia é uma empresa colombiana especializada em soluções energéticas sustentáveis. Com um portfólio que abrange projetos completos de energia solar, mobilidade elétrica, eficiência energética e comercialização de energia no mercado livre, a companhia atua na Colômbia, Panamá, Estados Unidos e Brasil, estimulando a diversificação de matrizes energéticas, a expansão da geração solar e o compromisso com a natureza entre seus clientes.
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