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Especialista em solos, biólogo Maneco Zago alerta que manter os solos saudáveis é essencial para a sustentabilidade da agricultura

  • Quarta, 30 Abril 2025 18:57
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Em podcast na Revista O Biólogo, do Conselho Regional de Biologia da 1ª região (CRBio-01), o especialista explica a importância de manter o equilíbrio do solo

O biólogo José Manoel (Maneco) Cardoso Zago, especialista em solos, explica a relação entre o manejo correto do solo e a sustentabilidade na agricultura no podcast da revista O Biólogo, publicação trimestral do Conselho Regional de Biologia da 1ª região (CRBio-01), que abarca os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Maneco Zago é instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), onde realiza um trabalho de extensão rural com produtores locais em projetos de restauração ecológica, ajudando produtores a entender melhor o solo e manejá-lo de forma sustentável. Ele também apresenta o podcast Rural Campo Cast, que apresenta entrevistas com pesquisadores sobre meio ambiente e agricultura.

Ele conta que o solo é um sistema complexo formado por três partes principais: a parte física, a parte química e a parte biológica, que são interligadas e influenciam diretamente sua qualidade e fertilidade. A parte física está ligada à textura do solo, ou seja, a proporção de areia, silte e argila, que afeta diretamente a infiltração da água e a retenção de umidade – por exemplo, um solo muito arenoso drena muito rápido, enquanto um solo argiloso demais retém muita água.

O equilíbrio desses elementos é importante para manter a estrutura do solo e evitar a compactação e erosão do solo, que podem levar a solos ressecados ou excessivamente encharcados, que prejudicam o desenvolvimento das plantas.

A parte química tem a ver com os nutrientes presentes no solo, tais como nitrogênio, fósforo, potássio e cálcio, entre outros, e a capacidade do solo de reter esses nutrientes e disponibilizá-los para as plantas em crescimento. O pH do solo, ou seja, o seu nível de acidez, também é importante para assegurar a disponibilidade de nutrientes. Cada cultura necessita de um pH específico, por isso é essencial adubar o solo corretamente.

Já a parte biológica é relativa aos organismos e microrganismos presentes no solo, desde fungos e bactérias até minhocas e insetos.

“Esses organismos são fundamentais para a ciclagem de nutrientes, transformando matéria orgânica em elementos essenciais para a planta. As minhocas melhoram a aeração e a estrutura do solo, ajudando na infiltração de água e na retenção de umidade. Algumas bactérias benéficas, como as fixadoras de nitrogênio, auxiliam na nutrição da planta, reduzindo a necessidade de fertilizantes sintéticos e tornando a produção mais sustentável. O solo biologicamente ativo promove maior resistência a pragas e doenças e melhora a resiliência da lavoura contra condições climáticas adversas”, explica o biólogo.

Em seu trabalho de consultoria, Maneco Zago ensina técnicas de manejo sustentável do solo, como o plantio direto, uma técnica em que o plantio é feito sobre os restos de matéria orgânica da última colheita. Essa matéria orgânica protege o solo contra a erosão, melhora a infiltração de água e favorece a biota e a ciclagem de nutrientes, tornando o solo mais fértil e resiliente. Esse sistema é adotado em cerca de 36 milhões de hectares no Brasil, cobrindo aproximadamente 61% da área total de lavouras.

Outras práticas que têm bons resultados são a rotação de culturas, que consiste em alternar as culturas usadas no mesmo espaço de forma a evitar o esgotamento de nutrientes, e a integração lavoura-pecuária-floresta, em que os produtores utilizam o espaço tanto para agricultura quanto pecuária, além de manterem áreas ocupadas por florestas.

Um outro aspecto importante é que o solo atua como um reservatório de carbono que ajuda a reduzir a quantidade de CO2 na atmosfera. Em outras palavras, o manejo correto do solo não é importante apenas para garantir uma boa colheita: ele ajuda a mitigar as emissões de carbono e contribui para a sustentabilidade do planeta.

“No fim das contas, o solo é muito mais do que um suporte para as plantas. Ele é um organismo vivo que precisa ser compreendido e manejado com inteligência. Sem solo saudável, não há produção agrícola e muito menos equilíbrio ambiental”, afirma o biólogo.

O podcast com o biólogo Maneco Zago, além de entrevista com ele e outros especialistas sobre a importância dos solos, pode ser encontrado na nova edição da revista O Biólogo, do Conselho Regional de Biologia da 1ª Região (CRBio-01).


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