SEGS Portal Nacional

Demais

Em 4 anos Trump endurece normas imigratórias mas mantém atração de mão de obra estrangeira

  • Quarta, 30 Setembro 2020 11:42
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Késia Paos
  • SEGS.com.br - Categoria: Demais
  • Imprimir

O presidente americano manteve a imigração nos EUA no centro do debate em sua gestão. Dados das organizações Migration Policy Institute, U.S. Census Bureau e do Departamentos de Segurança Interna americano (DHS) mostram que a imigração no país diminuiu nos últimos anos. Por outro lado, os imigrantes integravam 17% da força de trabalho civil americana em 2018 (dado mais atual).

Números divulgados pelo Migration Policy Institute e pelos Departamentos de Censo e de Segurança Interna dos EUA mostram que a população imigrante está agora, em ritmo menos acelerado que nos últimos anos. O número de pessoas indocumentadas vivendo nos EUA está em queda. A composição da população estrangeira no país também está mudando: os recém-chegados são agora, em média, mais educados do que as gerações anteriores de migrantes para o Estados Unidos.

Até 2018, dado oficial mais recente, 44,7 milhões de imigrantes residiam nos Estados Unidos. Enquanto os números da imigração diminuem de modo geral, a força de trabalho de estrangeiros nos EUA aumenta. No mesmo ano, segundo os dados, a parcela de imigrantes que trabalhavam nos EUA já era três vezes maior que o número registrado em 1970, quando somente 5% da força de trabalho era imigrante.

Uma outra pesquisa do Instituto Pew Research Center, baseada em dados do governo americano, comprova que entre 2007 e 2016 a população imigrante não autorizada nos EUA encolheu 13%. Em contrapartida, a mesma pesquisa mostra que a população de imigrantes legalizados cresceu 22% no mesmo período. Um aumento de mais de 6 milhões de pessoas.

Para o jornalista e escritor brasileiro, que teve a carreira profissional reconhecida como extraordinária pelo Governo americano, Rodrigo Lins, os dados refletem diretamente a estratégia de Donald Trump para conter a imigração não autorizada e fomentar a atração de mão de obra estrangeira qualificada em tecnologia, educação, artes, ciências e outras áreas fundamentais para a economia americana.

"O que vimos ao longo da gestão e Donald Trump, foi uma política de perseguição à comunidade imigrante indocumentada, um trabalho mais ostensivo de proteção nas fronteiras, porém, uma maior concessão de vistos e green cards para profissionais estrangeiros, inclusive do Brasil. O presidente americano sabe das dificuldades do país em formar em nível superior e técnico, profissionais capazes de acompanhar a demanda da economia", explica Rodrigo Lins, que pesquisa a imigração americana e lançou em 2019, um livro sobre como levar a carreira profissional legalmente nos EUA.

Longe dos Coiotes

O pesquisador Rodrigo Lins explica que há, de modo geral, um número cada vez menor de brasileiros dispostos a correr os riscos da imigração não autorizada aos EUA. Segundo ele, o endurecimento e a grande divulgação de Trump contra a imigração não autorizada pode estar deixando os brasileiros mais curiosos em saber as possibilidades imigratórias legais ao país. Lins explica que o governo americano oferece possibilidade de vistos inclusive para profissionais de nível técnico como cabelereiros, maquiadores, tatuadores, Dj’s, entre outros.

"Durante todo o mandato de Trump, o tom alarmista e de tolerância zero com imigração não autorizada pode sim ter desestimulado interessados em imigrar ao país norte-americano de forma incorreta. Até agosto deste ano, 16 aviões fretados pelo governo americano, deportaram centenas de brasileiros que residiam em condições irregulares nos EUA, o que pode ser considerado um aviso do presidente americano aos brasileiros", explica Rodrigo Lins.

Em contrapartida, dados do Departamento de Estado Americano mostram que até 2018, o Brasil foi o país latino americano que mais recebeu vistos EB-5 (autorizações para residir e trabalhar) nos EUA. Foram mais de 300 greencards concedidos a brasileiros que procuraram investir e viver no país. O aumento foi de 37,5% em relação a 2017 e de 1.041,2% em comparação a 2015.

"A oferta de vários vistos imigrantes e não imigrantes pelo governo americano para quem tem carreira profissional no exterior está fazendo com que os brasileiros vejam que não é mais necessário abandonar a vida e a carreira profissional no Brasil para trabalhar em serviços mais braçais - como ocorria há mais de 10 anos - a ideia agora é o oposto, buscar do governo dos EUA o reconhecimento da carreira para trabalhar legalmente aqui", pondera Rodrigo Lins que listou em seu livro "Internacionalize-se: Parâmetros para levar a carreira profissional aos EUA legalmente" todas as possibilidades imigratórias a profissionais brasileiros.

Sem muro para imigrantes Profissionais

Não apenas o governo americano, sob a gestão de Trump, acolheu mais petições de profissionais estrangeiros para residir no país, mas o congresso americano também parece estar engajado em atrair mais mão de obra profissional qualificada do exterior. A Lei de Resiliência da Força de Trabalho em Saúde, proposta pelos senadores Dick Durbin (D-Ill.) E David Perdue (R-Ga.), prevê a disponibilidade de 40.000 novos green cards (documento de residência permanente nos EUA) a médicos e enfermeiros estrangeiros, interessados em trabalhar legalmente no país. O objetivo é atrair mão de obra adicional para o tratamento à covid-19 no país norte americano.

Os números comprovam essa intenção. De acordo com uma pesquisa do Bureau of Labor Statistics (Departamento de trabalho) nos EUA, o percentual de estrangeiros que integram o mercado de trabalho americano e que possuem um diploma de bacharel ou formação superior é, atualmente, de 36,9%. Os que detêm diploma de ensino médio são 25,1%, percentual muito próximo ao de americanos nativos com diploma de ensino médio.

Dos 27,2 milhões de trabalhadores estrangeiros empregados com 16 anos ou mais até 2018, a maior parte, mais de 33%, trabalhava em administração, negócios, ciências e artes. Percentual muito maior que os 13% que atuam em Recursos Naturais, Construção e Manutenção (serviços que há pouco mais de 10 anos eram os mais atraentes a imigrantes).

*Rodrigo Lins é Mestre em Comunicação, Especialista em linguagem audiovisual, Professor universitário, jornalista e escritor, reside legalmente nos Estados Unidos e é autor do livro "Internacionalize-se: Parâmetros para levar a carreira profissional aos EUA legalmente" lançado em 2019. Dirige a agência de Comunicação, Marketing e Imprensa multinacional Onevox Creative Solutions com sede nos EUA. Mais informações: onevoxglobalpontocom


Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
 

<::::::::::::::::::::>

 

 

+DEMAIS ::

Dez 15, 2025 Demais

Como economizar na conta de luz usando o ar-condicionado

Dez 15, 2025 Demais

Saiba com se precaver para evitar problemas durante as…

Dez 15, 2025 Demais

Indulgência consciente: a nova relação com o prazer de…

Dez 15, 2025 Demais

Como o espírito natalino pode melhorar o seu inglês?…

Dez 15, 2025 Demais

Com a chegada das viagens de fim de ano, especialista…

Dez 15, 2025 Demais

Guarda compartilhada cresce no país — mas não significa…

Dez 15, 2025 Demais

Os cartões de identificação plásticos vão desaparecer?

Dez 15, 2025 Demais

Estudo revela proporção de royalties na receita…

Dez 12, 2025 Demais

Celebrações de final de ano ampliam em 30% as vendas de…

Dez 12, 2025 Demais

Valmet conquista Medalha de Ouro da EcoVadis e pelo…

Dez 12, 2025 Demais

Uva-passa na ceia de Natal: polêmica anual que divide…

Dez 12, 2025 Demais

Make a Cake garante as sobremesas para festas do final…

Dez 12, 2025 Demais

Natal 2025 inaugura a Era do Consumo Emocional no…

Dez 12, 2025 Demais

Coleta genética e endurecimento de penas: entenda nova…

Dez 12, 2025 Demais

Verão ativo: retomada das atividades físicas aumenta e…

Dez 12, 2025 Demais

Série documental Sabores do Paraná realiza expedição…

Mais DEMAIS>>

Copyright ©2025 SEGS Portal Nacional de Seguros, Saúde, Info, Ti, Educação


main version