7º Congresso de Resseguro bate recorde de participantes

Todos discursaram. Paulo Pereira agradeceu a presença de todos e parabenizou a Susep pela iniciativa de criar a Comissão Especial para o desenvolvimento do mercado de resseguro. “Em um curto espaço de tempo, acabou a reserva de mercado e flexibilizou a retenção obrigatória de 50% para as seguradoras, permanecendo apenas com a preferência”, disse.

Robert Bittar, presidente da Escola Nacional de Seguros, lembrou que o setor de resseguros é sustentáculo do setor de seguros e a Escola Nacional trabalha para que haja a compreensão da importância do setor tanto pelo mercado como por toda a sociedade. “O Brasil tem se destacado nesse setor, exportando resseguro, o que é muito importante para a economia como um todo”, disse.

O presidente da CNSeg, Marcio Coriolano, discorreu sobre a capacidade de recuperação do setor em momento de crise. Ele lembrou que nos últimos dez anos o mercado segurador resistiu aos momentos de baixa da economia – “assim foi entre 2008 e 2010” . Coriolano destacou que o Brasil, entre 2010 e 2014, teve políticas de distribuição de renda – “independente de cores partidárias, no período em que governou Luís Inácio Lula da Silva”- ajudaram o setor brasileiro a crescer mais que o PIB (o mercado de seguros cresceu 8,3%, enquanto o PIB 2,3% ). “Houve inegável penetração do seguros nas regiões norte, nordeste e centro-oeste. Já a partir de 2015 e 2017, abateu-se sobre o brasil a mais profunda recessão; mesmo assim o seguro cresceu 2,4% ao ano”, lembrou.

Em seu discurso, o Em 2018, afirmou, haverá ainda importantes decisões regulatórias para o mercado supervisionado pelo órgão, sendo que um dos temas principais em debates é o da aceitação de riscos no exterior pelas resseguradoras locais.

Após a abertura, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que falou sobre uma agenda política, econômica e social.

Após a fala do ministro, no segundo painel, foi abordado as mobilizadoras sociais com a participação da líder do Movimento Acredito, Tábata Amaral, da diretora-executiva do movimento Nossas Cidades, Alessandra Orofino e da diretora do Instituto Igarapé, Ilona Szabó de Carvalho. O painel foi mediado pelo membro do Conselho de Conduta da CNseg, Julio Bierrenbach. Elas debateram sobre ações sociais no Brasil e falaram sobre os ideias dos movimentos que lideram.

Em painel bastante cheio, o CEO da Austral, Bruno Freire, o chefe da divisão de Resseguros da Susep, Diogo Ornellas e o presidente da Fenaber, Paulo Pereira, falaram sobre a regulamentação do setor de resseguros brasileiro.

Em outra plenária foram discutidas as mudanças climáticas e o seguro agrícola. Esse painel contou com a participação de Daniel Hammer, senior underwriter consultant da Partner Re; Miguel Almeida, head de agro do IRB Brasil Re, e Wady Cury, do grupo BB Mapfre. Os debatedores falaram sobre os acontecimentos climáticos passados e o que pode ser aproveitado para a evolução da área.

Outros assuntos do dia foram a competitividade do setor na América Latina e como funciona o resseguro dentre as diversas cidades pelo mundo, Novidades Regulatórias e o que Esperar e Renovação política.

O primeiro dia do Congresso do Resseguro contou com palestras simultâneas durante a tarde. Outro assunto que despertou interesse dos congressistas foi a palestra Cyber: Aspectos de Risco e Regulação de Sinistro que debateu a necessidade do cyber insurance nos dias de hoje.

Para encerrar a noite o assunto em pauta foi a internacionalização e competitividade do resseguro brasileiro na América Latina que contou com a participação de João Marcelo dos Santos – Santos Bevilaqua Advogados, debatedor, e como coordenador de Mesa, Paulo Eduardo de Freitas Botti, da Terra Brasis Re.

Nesta quarta-feira, dia 11, prosseguem os debates do segundo e último dia do 7º Congresso de Resseguros.