Mercado de trabalho para profissionais 50+: por que o Brasil ainda desperdiça tanto talento
O Brasil está envelhecendo rapidamente, enquanto crescem as discussões sobre diversidade e inclusão no mercado de trabalho. Ainda assim, profissionais com 50 anos ou mais seguem enfrentando barreiras silenciosas para se manter e evoluir na carreira. Esse fenômeno, conhecido como etarismo, não causa apenas injustiças individuais: ele representa desperdício de experiência, produtividade e potencial de inovação.
A contradição é clara. Embora haja escassez de mão de obra em tecnologia, existe um grande contingente de profissionais acima dos 50 anos dispostos a se reinventar e contribuir. Em vez de serem vistos como risco, poderiam ser reconhecidos pela maturidade emocional, pela disciplina, pela capacidade analítica e pelo repertório construído ao longo de anos de experiência.
Uma pesquisa recente da Pandapé evidencia essa realidade. Dos mais de 58 mil currículos analisados, apenas 10,2% pertencem a pessoas com mais de 51 anos e quase 80% desse grupo está fora da força de trabalho, apesar de mais da metade possuir formação superior, técnica ou pós-graduação. Ao mesmo tempo, apenas 29,8% das empresas afirmam ter boa participação desse público nos processos seletivos e 16,7% reconhecem que raramente contratam profissionais mais velhos.
As barreiras enfrentadas por talentos maduros costumam ser invisíveis, mas têm forte impacto. Empresas citam dificuldades com tecnologia, comunicação e integração entre gerações. Além disso, 34,5% reconhecem que a discriminação por idade ocorre internamente, mesmo sem registros formais. O etarismo, portanto, não é declarado, mas afeta rotinas, oportunidades e decisões.
É nesse ponto que iniciativas de educação tecnológica ganham relevância. A formação prática e orientada ao mercado oferecida por instituições como a Escola da Nuvem permite que profissionais 50+ se atualizem em áreas de alta demanda, como cloud, dados e inteligência artificial. Ao adquirir novas competências e certificações, esses profissionais ganham confiança, quebram estereótipos e aumentam suas chances de recolocação.
A Escola da Nuvem atua conectada ao ecossistema de tecnologia e mantém diálogo constante com empresas parceiras, garantindo que os cursos atendam às exigências reais do mercado. Isso facilita a inserção de talentos maduros ao apresentar candidatos com base em suas habilidades e evolução, e não em preconceitos ligados à idade. Além disso, o desenvolvimento de soft skills, como comunicação e preparação para entrevistas, ajuda a enfrentar barreiras que lideranças frequentemente citam como impeditivas para a contratação.
Ao incentivar a entrada de profissionais 50+ no setor, a Escola da Nuvem contribui para uma mudança cultural. A ideia de que existe idade certa para aprender ou iniciar uma carreira em TI perde espaço. Em seu lugar surge a percepção de que o aprendizado contínuo define a vida profissional contemporânea e de que qualquer pessoa pode fazer parte do futuro digital. O setor de tecnologia precisa de diversidade, experiência e talento, e profissionais maduros têm exatamente isso a oferecer.
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