Quando o contador se torna mentor e transforma o rumo das empresas
A contabilidade consultiva amplia o papel do profissional e o coloca no centro das decisões estratégicas das empresas
O avanço da contabilidade consultiva no Brasil acompanha uma tendência observada em grandes mercados. O contador deixou de atuar apenas como executor de obrigações fiscais e passou a influenciar diretamente decisões estratégicas. Dados da PwC mostram que 67% das empresas brasileiras já utilizam informações contábeis para orientar escolhas de médio e longo prazo, patamar 18 pontos percentuais acima do registrado em 2021.
Essa transição abre espaço para um novo papel no setor, o do contador mentor, profissional que interpreta dados, corrige rotas e apoia o empreendedor na construção de negócios mais eficientes. É o que defende o contador e advogado Jhonny Martins, vice-presidente do SERAC, hub nacional de soluções corporativas.
Ele afirma que a mentoria embutida na contabilidade moderna nasce da proximidade com os números e da necessidade crescente das empresas por previsibilidade. “A contabilidade de hoje é mentoria aplicada. Quando o empresário entende seus indicadores, ele passa a tomar decisões com segurança, reduz desperdícios e melhora sua performance financeira”, explica.
A mudança de postura do setor reflete outro movimento relevante, a expansão das mentorias corporativas no país. Segundo a Deloitte, áreas que adotam modelos de acompanhamento contínuo por especialistas têm 33% mais chances de atingir metas anuais.
Para o vice-presidente do SERAC, esse dado reforça a responsabilidade técnica do contador na orientação de clientes. “Não se trata apenas de entregar relatórios, mas de mostrar caminhos, traduzir cenários e antecipar riscos. O contador conhece a empresa por dentro e tem condições de orientar ajustes que impactam o resultado”, afirma.
O modelo consultivo, já consolidado na operação do SERAC, que atende mais de 10 mil clientes em 20 estados, combina análise financeira, planejamento tributário, projeções de fluxo de caixa e simulações de cenários para orientar decisões estruturais. “Quando cruzamos dados fiscais, operacionais e de margem, conseguimos prever gargalos e sugerir ações práticas. Isso reduz riscos e acelera o crescimento”, diz. Ele cita casos em que análises detalhadas permitiram realocar unidades deficitárias, rever precificação e reduzir carga tributária de forma estritamente legal, com impacto direto na rentabilidade.
O contador mentor também atua em frentes como expansão geográfica, avaliação de investimentos, gestão de custos e estruturação societária. A adoção de tecnologia, que automatiza tarefas operacionais, libera o profissional para esse tipo de orientação. Ferramentas de automação fiscal e análises preditivas reduzem o tempo gasto com conciliações e organização de documentos, permitindo que o contador concentre seus esforços na leitura do negócio. “A tecnologia nos tirou da retaguarda e nos colocou na linha de frente da estratégia”, afirma
Esse reposicionamento exige novas competências. Além do domínio técnico, o profissional precisa desenvolver habilidades de comunicação, visão sistêmica e capacidade de simplificar informações complexas para o empreendedor. “O cliente não precisa de jargões. Ele precisa entender o que fazer amanhã para não perder dinheiro. A mentoria começa quando traduzimos os números para a vida real”, diz.
Para especialistas do setor, o movimento tende a se intensificar em 2026, quando mudanças tributárias e o aumento das exigências de governança impulsionarão a demanda por orientação constante. Martins reforça que, diante desse cenário, o contador passa a ser peça-chave para a sobrevivência e o crescimento das pequenas e médias empresas. “Em um ambiente de tantas mudanças, quem orienta com consistência se torna indispensável. O contador não é mais apoio, é liderança técnica”, analisa.
Ao aproximar os profissionais dos donos dos negócios, a contabilidade consultiva se posiciona como uma das principais ferramentas de desenvolvimento empresarial no país. “A mentoria contábil não é um produto, é um jeito de trabalhar. Quando o contador ajuda o empresário a entender, corrigir e crescer, o impacto é imediato”, conclui.
Sobre o SERAC & BHub
O SERAC é referência nacional em contabilidade, educação e gestão corporativa e BHub, startup especializada em soluções tecnológicas de backoffice. Com mais de 10 mil clientes e presença em todo o território nacional, essa união visa transformar o setor contábil por meio de automação, formação e parcerias estratégicas. Instagram: @sou_serac ou pelo site souserac.com.
Sobre Jhonny Martins
Jhonny Martins é contador e advogado pela PUC-SP com especialização em Direito do Trabalho pela Faculdade de Direito Damásio de Jesus, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV-SP e MBA em Gestão Tributária pela USP. É vice-presidente do SERAC, um hub de soluções corporativas. Instagram @jhonnymartins
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