Novas regras em 2025: o que muda no seguro e na saúde suplementar
Regulação mais rígida, expansão digital obrigatória e concentração de mercado reforçam um novo ciclo no setor. Para o corretor, o desafio é claro: adaptar-se rápido ou perder relevância.
O ano de 2025 marca uma virada estratégica para o setor de saúde e seguros no Brasil. Entre novas exigências regulatórias, crescimento acelerado de grandes operadoras e mudanças no perfil de consumo, o mercado se redesenha — e o corretor de seguros é peça-chave nesse reposicionamento.
Atendimento 24/7 vira lei: RN 623 entra em vigor
A Resolução Normativa nº 623 da ANS, prevista para vigorar a partir de julho de 2025, torna obrigatória a oferta de canais digitais de atendimento 24 horas por dia, além de exigir que todas as negativas de cobertura sejam registradas formalmente.
A medida busca garantir mais transparência na relação entre operadoras e beneficiários, além de padronizar a comunicação digital — agora parte da regulação e não mais um diferencial.
A maturidade digital como critério de escolha
Na prática, a resolução transforma a maturidade digital em um fator competitivo decisivo. Corretores que trabalham com operadoras que oferecem canais eficientes, seguros e acessíveis tendem a reter mais clientes e reduzir atritos na jornada do segurado.
“Não se trata apenas de vender um plano. Trata-se de representar empresas que vão atender bem no pós-venda, com canais estruturados. Essa escolha afeta diretamente a fidelização e o valor percebido pelo cliente”, afirma Leandro Giroldo, CEO da Lemmo Corretora.
Concentração em alta: disputa entre operadoras se intensifica
Dados do setor indicam um movimento claro de concentração: SulAmérica e Amil lideraram a captação de novos beneficiários em 2025, somando mais de 600 mil vidas, enquanto outras operadoras perderam espaço — como a Bradesco Saúde, que registrou queda de 22 mil vidas no período.
O avanço rápido dessas líderes representa oportunidade e alerta: crescimento sem acompanhamento de rede e qualidade pode gerar insatisfação. Por outro lado, quem souber aproveitar esse ciclo pode crescer junto.
Novo consumidor: mais digital, mais confiante, mais exigente
Segundo levantamento da FGV, a confiança do consumidor alcançou 87,5 pontos — o maior índice desde 2024. Isso se reflete diretamente no mercado de saúde: consumidores mais confiantes estão mais abertos a planejamento, contratação de seguros e migração de planos.
É o momento ideal para corretores se posicionarem como consultores estratégicos, mostrando que seguro e plano de saúde não são custo — são investimento em segurança pessoal e patrimonial.
Cobertura ampliada: medicamentos para lúpus entram no rol da ANS
Outro avanço importante é a inclusão de dois medicamentos para tratamento de lúpus (belimumabe e anifrolumabe) no rol de coberturas obrigatórias dos planos de saúde. A medida, válida a partir de novembro, reforça o papel regulador da ANS em garantir acesso ao tratamento de doenças autoimunes.
Para o corretor, é também uma oportunidade de fortalecer vínculo com os clientes, comunicando ativamente essas conquistas e reposicionando o papel do plano como ferramenta de proteção real.
Digital-first: ou se adapta, ou desaparece
No conjunto, o recado do mercado é claro: quem não estiver digitalmente preparado perderá espaço. Desde a experiência de contratação até o acompanhamento do sinistro, tudo passa a depender de fluidez digital, plataformas integradas e visão de dados.
Para o corretor, isso significa investir em tecnologia, CRM, automações e atendimento proativo — ou ficar restrito a uma operação manual, cara e ineficiente.
O setor de saúde suplementar e seguros vive um novo ciclo. Regulação mais dura, clientes mais exigentes e operadoras mais estruturadas exigem do corretor mais do que técnica de vendas: exigem inteligência comercial, posicionamento estratégico e atualização constante.
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