Insights para empresas que querem priorizar a saúde mental de seus colaboradores
Com o fim do Setembro Amarelo, especialistas reforçam como transformar o tema em pauta estratégica nas organizações
Esse Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre prevenção ao suicídio e saúde mental, reforçou a urgência em colocar o tema na agenda estratégica das empresas. Dados do Ministério da Previdência Social mostram que, em 2024, mais de 472 mil brasileiros foram afastados do trabalho por transtornos mentais e comportamentais, com destaque para quadros como depressão, ansiedade e transtornos de adaptação.
E com a entrada em vigor da nova redação da Norma Regulamentadora Nº 1 (NR-1) em maio de 2026, que define diretrizes para a saúde no ambiente de trabalho e passou a tratar a saúde mental com a mesma relevância de outros riscos ocupacionais, a urgência em torno do tema permanece crescente. Abaixo, duas executivas do setor compartilham insights sobre como organizações devem agir para não ficarem para trás:
O profissional de RH como protagonista
Para Juliana Camargo, Diretora de Gente & Cultura da Funcional, pioneira e líder em tecnologias para programas de suporte a pacientes, o profissional de Recursos Humanos é peça-chave na execução de estratégias corporativas, e deve garantir que a saúde mental seja compromisso contínuo, e não ação pontual. “No último ano, 22% dos beneficiários do nosso Benefício Farmácia utilizaram medicamentos da linha psiquiátrica, cerca de 1 em cada 5 pessoas. Esse dado reforça a urgência do cuidado com a saúde mental e, neste Setembro Amarelo, nos lembrou que cuidar dela salva vidas, protege famílias e fortalece empresas”, compartilha.
Na prática, a executiva reforça que a nova redação da NR-1 exige do RH mais preparo técnico e estratégico. Isso significa adotar ferramentas de análise de dados para atuar de forma preditiva, além de fortalecer a cultura de cuidado contínuo e garantir que lideranças estejam capacitadas para serem aliadas na promoção da saúde emocional.
Negligenciar a saúde mental não é mais uma opção
Segundo Tatiana Pimenta, fundadora e CEO da Vittude, referência no desenvolvimento e na gestão estratégica de programas de saúde mental para empresas, negligenciar esse tema é um risco estratégico. “Não se trata mais de uma pauta de campanha pontual ou de Setembro Amarelo, é assunto de conselho. A crise de saúde mental se tornou o principal gargalo oculto da produtividade nas organizações brasileiras, e afeta turnover, absenteísmo, engajamento, e até compliance regulatório. Ignorar isso hoje compromete resultados, talentos e reputação”, alerta.
Assim, em um cenário de crescimento sustentável e ético, esse assunto precisa ser tratado com a mesma prioridade que os KPIs estratégicos. Antecipar, proteger, sustentar e liderar são ações indispensáveis para que empresas cresçam de forma saudável, consistente e competitiva. Para Tatiana, a era do improviso acabou: o futuro será de quem entende que cuidar da saúde mental não é apenas acolher, mas também prevenir, estruturar e liderar.
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