Para responder a essa demanda, o mercado segurador tem ampliado produtos voltados à proteção do consumidor digital, como o seguro de compra protegida - que reembolsa em casos de não recebimento, itens com defeito ou diferentes do anunciado.

Golpes com Pix explodem e motivam criação de seguros específicos

De acordo com o Banco Central, as fraudes com Pix cresceram 80% em 2024, somando R$ 6,5 bilhões em prejuízos. Apenas 7% dos valores foram recuperados.

Em resposta, o setor lançou o Seguro Pix, com coberturas que vão de R$ 3 mil a R$ 50 mil e valores mensais entre R$ 2,90 e R$ 24,99.

“É importante salientar que o seguro cobre transações financeiras indevidas realizadas por meio de algum tipo de ameaça”, reforça. “Para essas situações, o seguro Pix garante o reembolso ou devolução do valor transferido indevidamente dentro do limite contratado pelo segurado”, alerta Sidemar Spricigo, da FenSeg.

Consumo digital cresce - mas insegurança ainda trava vendas

O comportamento digital já é consolidado no país. Segundo a Suesp/CNseg, com base na plataforma Statista:

68% fazem compras por e-commerce
72% por redes sociais
74% por plataformas de vídeo
98% usam Pix como forma de pagamento
49% compram direto pelas redes sociais
45% já compraram via influenciadores
Mesmo com tanta adesão, 48,1% dos consumidores desistiram de comprar por falta de segurança no site ou app.

Falta de proteção e frete caro: principais causas de abandono de carrinho

Além do preço, a confiança digital é hoje o principal fator de conversão no e-commerce. E o seguro aparece como diferencial competitivo. O setor de seguros ganha espaço como aliado estratégico da confiança digital, sobretudo diante da disseminação de phishing, pharming, fraudes de identidade e golpes por redes sociais.