Anos 90 foram marco na transformação digital do setor de seguros
O uso de tecnologias sempre esteve entre os principais vetores de transformação do mercado segurador brasileiro.
Na década de 1990, um novo capítulo foi escrito, com iniciativas voltadas à organização e automação das seguradoras, sob orientação institucional da então Fenaseg (hoje CNseg).
SIAS 1991: marco técnico da transformação digital em seguros
Um dos momentos mais emblemáticos desse movimento foi a realização do 1º SIAS – Simpósio Internacional de Informática, em novembro de 1991. O evento reuniu especialistas nacionais e estrangeiros para discutir as barreiras técnicas e operacionais enfrentadas pelo setor, propondo soluções baseadas na informática - ainda incipiente no Brasil naquele momento.
A proposta do SIAS foi buscar inovação com os recursos disponíveis, em um contexto de limitações impostas pela legislação vigente, como a Lei da Informática (Lei nº 7.232/1984).
Comissão de Informática e os primeiros estudos estratégicos do mercado segurador
Na mesma década de 90, a Fenaseg criou uma Comissão Especial de Informática, com o objetivo de estudar caminhos viáveis para a automação no setor. A comissão mapeava boas práticas e compartilhava soluções entre seguradoras, muitas das quais já vinham desenvolvendo programas próprios desde os anos 1980.
Impactos da reserva de mercado de informática no setor segurador
O progresso tecnológico da época enfrentava obstáculos relevantes. A reserva de mercado imposta pela Lei da Informática dos anos 90 limitava a entrada de equipamentos e tecnologias estrangeiras, dificultando o acesso a soluções mais avançadas e impondo altos custos para os produtos nacionais.
Os críticos alertavam que a proteção excessiva desestimulava a inovação e a competitividade, gerando um cenário de atraso tecnológico e escassez de recursos atualizados no país.
Mesmo com limitações, a automação do setor segurador avançava
Apesar do ambiente desafiador, o setor de seguros despontava como um dos mais entusiastas da automação. Uma pesquisa da época apontava que 40% das seguradoras já investiam em informatização, com gastos estimados em US$ 70 milhões por ano, o equivalente a 2,5% da receita do setor.
Mesmo ainda insuficientes para eliminar o atraso tecnológico, esses investimentos foram fundamentais para impulsionar ganhos de produtividade, escalabilidade e modernização, que se tornariam evidentes nos anos seguintes.
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