Quando o seguro vai além: protegendo recifes de corais e comunidades costeiras
Com a COP30 no horizonte, a proteção ambiental nunca esteve tão em evidência. E o setor de seguros, cuja essência é a prevenção e a proteção contra riscos, desempenha um papel fundamental nesse cenário.
As mudanças climáticas impõem desafios não apenas para a humanidade, mas para todo o planeta – incluindo ecossistemas frágeis e vitais, como os recifes de corais. Essas verdadeiras florestas subaquáticas sustentam a biodiversidade marinha, garantem a subsistência de comunidades costeiras por meio da pesca e do turismo e ainda atuam como barreiras naturais contra a erosão das praias.
No entanto, os corais são extremamente sensíveis à elevação da temperatura dos oceanos, tornando-se vítimas diretas do aquecimento global. O impacto é severo, mas já existem soluções inovadoras para protegê-los e o seguro faz parte dessa resposta. Já há apólices desenvolvidas especificamente para a recuperação e manutenção dessas formações rochosas calcárias, compostas por organismos marinhos como algas, moluscos e os próprios corais, que pertencem ao grupo dos Cnidários, assim como águas-vivas e anêmonas-do-mar.
Em 2024, a organização de caridade Vatuvara Foundation Fiji (VVF), com apoio do grupo BHP, contratou um seguro inovador da Pacific Catastrophe Risk Insurance Company para proteger os recifes de corais do arquipélago de Fiji, no grupo de ilhas Lau. A apólice prevê que em caso de eventos catastróficos, os recursos sejam imediatamente direcionados para ações como limpeza e restauração dos corais, além de apoio à comunidade local. Trata-se de um seguro paramétrico, que funciona de maneira ágil, liberando a indenização automaticamente quando um evento extremo atinge uma intensidade previamente estabelecida.
O uso do seguro para preservar ecossistemas naturais mostra como o setor pode ir além da simples compensação por perdas, tornando-se um agente ativo na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Com iniciativas como essa, o mercado segurador não apenas se adapta a um mundo em transformação, mas também se posiciona como um parceiro essencial na construção de um futuro mais sustentável.
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