Autovistoria: processo trabalhista na relação de emprego?

Observe o exemplo a seguir, no mesmo local da referência anterior: "O magistrado citou o caso do Citibank, que desistiu de operar no Brasil quando detectou que aqui obtinha 1% de suas receitas, enquanto simultaneamente sofria 93% das ações trabalhistas em que é reclamado, mundo afora".

"Foram pagos aos reclamantes R$ 32.029.441.314,80, valor 11,3% inferior ao de 2020. Os valores pagos decorrentes de acordos judiciais representaram 46,7% do total e aumentaram 11,3%; os decorrentes da execução da sentença representaram 38,9% e reduziram 10,5%. [...]A demanda processual, em comparação com o ano anterior, aumentou 0,1%; somando, ao final de 2021, 2.550.397 casos novos. A cada 100.000 habitantes do País, 1.196 pessoas ingressaram com pelo menos uma ação ou recurso na Justiça do Trabalho. [...]Foram julgados 2.830.478 processos, 98,1% do total recebido pela Justiça do Trabalho. No TST, esse percentual alcançou 85%; nos TRTs, 102% e nas VTs, 100%". Ref2

Não acabou: "16º) Reconhecimento de Relação de Emprego". Ref3

Então, reflita sobre esta questão, antes de dizer que eu estou fazendo crítica. O Brasil não é mais campeão mundial de futebol há muito tempo, mas nesse quesito da ação trabalhista fica no pódio em primeiro lugar.

Enfim, o que estou fazendo aqui é defender a nossa amada indústria, com advertência coerente. Afinal, a brecha aberta é um sintoma de ruptura e prejuízo no futuro.

E a questão aqui é: relação de emprego praticando a autovistoria. Nos próximos textos eu vou escrever a percepção sobre este assunto. Ou devemos arriscar manter a coisa toda como está?

Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros