Não preparou sua empresa para a Semana do Consumidor? Dicas de última hora para lucrar com a data
A Semana do Consumidor 2023 é a primeira grande oportunidade do ano para quem possui um negócio, especialmente no setor de varejo, a fazer promoções, limpar estoque e aumentar as vendas. Isso porque o Dia do Consumidor, celebrado em 15 de março, influencia o comércio a preparar descontos especiais durante a semana toda para atrair clientes.
Dos pequenos aos grandes varejistas, milhares de empresas no país terão uma espécie de Black Friday fora de época, entre os dias 12 a 18 de março. Mas como é praxe no Brasil, muitos comerciantes acabaram não se preparando para a data e terão de buscar alternativas de última hora ou insights para se manterem competitivos e lucrar com a data — ou se preparar para as próximas oportunidades que virão.
Confira algumas dicas de especialistas que podem ajudar o seu negócio na Semana do Consumidor:
Prepare a equipe, analise dados e crie metas de vendas de última hora
Jonatan da Costa, CEO da Área Central, plataforma de gestão especializada em franquias e redes e centrais de negócios que atende cerca de 200 redes associativas, com mais de 15 mil empresas no Brasil, aponta que o primeiro passo para engajar os colaboradores e fazer todos trabalharem pelos objetivos da empresa é apostar em uma comunicação clara, objetiva e que chegue sem fricções para o time de funcionários. Isso se torna ainda mais imprescindível se mais de uma unidade estiver ligada a uma rede de negócios, que podem absorver os comunicados por meio de ferramentas como uma rede social corporativa do próprio grupo varejista.
Na sequência, para as redes e lojas que possuem um mix de produtos grande, o ideal é levantar e organizar informações relevantes para o negócio — em sistemas da empresa e plataformas de gestão — para que metas realistas sejam traçadas e alcançadas de última hora.
“Esse movimento permite analisar todos os produtos que todas as empresas do grupo negociam e torna fácil o entendimento de quais produtos eles podem negociar e com quem eles podem negociar, para apostar na atração do cliente e no aumento de volume de vendas para a data”, sinaliza Jonatan.
Essa análise deve seguir também no período posterior da Semana do Consumidor, verificando o que funcionou ou não na estratégia e criando-se um histórico que vai servir de base para o planejamento das próximas ações sazonais do comércio, em datas futuras como a Black Friday.
Ponto de venda físico
A estratégia de vendas em datas sazonais como o Dia do Consumidor deve considerar como os produtos são divulgados nos pontos de venda físicos. De acordo com Gabriel Menezes, Chief R&D Officer da Involves, o planejamento deve ocorrer desde o acordo entre varejistas e a indústria. "Definir e negociar pontos extras ajuda a potencializar resultados em datas sazonais. Afinal, ser visto e chamar atenção do shopper é essencial para vencer a concorrência. Outra sugestão é promover ações de cross merchandising e degustação de produtos. Datas como essas podem dar opção ao shopper de comprar produtos com diferenciais em relação àqueles que ele está acostumado a comprar no dia-a-dia", explica Menezes. Para conhecer o cliente e saber quais promoções e onde dispor os produtos, o especialista indica analisar dados de datas anteriores e usar tecnologia de inteligência de mercado que garantam uma melhor interpretação das informações.
Estratégia
Marcos Adriano Guasso, Diretor Comercial da Zucchetti, multinacional italiana especializada em sistemas de gestão que atende mais de 100 mil micro e pequenos comércios no Brasil, ressalta a importância de pensar as promoções com estratégia. "O varejista deve partir do que ele tem em estoque. Pode ser um bom momento para colocar em circulação, através de uma oferta, uma mercadoria que está parada e não vendeu como deveria, fazendo com que o estoque gire e a promoção desses itens atraia clientes que podem comprar outros produtos", indica Guasso.
Outro ponto é entender como realizar a melhor divulgação das promoções, atraindo o cliente para a loja. “As ferramentas digitais têm sido importantíssimas para chamar os clientes para as promoções. Nos pequenos comércios temos visto o uso acentuado das redes sociais, que funcionam bem para este propósito. Se for um varejo mais próximo de seus clientes, o envio consentido de promoções pelo WhatsApp pode ser uma opção. Além disso, há formas de divulgação que são certeiras em alguns lugares, como carro de som e panfletos. Tudo depende do olhar para com o público”, indica Guasso.
Atendimento omnicanal
Estar preparado para oferecer a melhor experiência de compra, independentemente do canal que o consumidor escolher, é um dos grandes desafios dos varejistas. Apesar do aumento das vendas no e-commerce, o varejo físico continua impulsionando a receita das empresas. “Oferecer uma boa experiência para o cliente requer uma abordagem totalmente interligada entre a loja física, online e aplicativo, com opções de atendimento que vão desde a coleta até a entrega em domicílio no mesmo dia”, explica Marco Beczkowski, Diretor de Vendas e CS da Manhattan no Brasil. Oferecer facilidade e agilidade é indispensável. Em algumas empresas do varejo de moda, por exemplo, o cliente pode ir até a loja, experimentar as roupas, e concluir o pedido de forma online, para evitar filas. Ao mesmo tempo, a opção de compra pelo site e retirada na loja com horário pré-estabelecido também gera benefícios para o consumidor. A tecnologia pode ajudar o varejista nesse sentido. O Manhattan Active Omni, por exemplo, é um conjunto de soluções de gerenciamento de pedidos, estoque, atendimento, engajamento do cliente e ponto de venda. “É possível ter uma visão completa dos consumidores, do histórico e das transações – independentemente do canal – com recursos de gerenciamento de casos, monitoramento de redes sociais e comunicação", explica Marco.
Ampliação do serviço a partir da estrutura existente
Para garantir a satisfação do cliente, é importante estar atento às oportunidades de inovar na oferta de produtos e serviços, a partir do que está disponível. Os consumidores, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, buscam por soluções integradas que satisfaçam a maior parte de suas necessidades com um preço único. CEO da SIPPulse - startup que oferece soluções digitais de contato por voz com inteligência artificial para empresas de médio e grande porte -, Flávio Gonçalves afirma que a entrega de experiências completas deve ser prioridade. “Não precisa inventar a roda. Há sempre a possibilidade de melhorar a operação a partir da estrutura existente na empresa. Muitos de nossos clientes, por exemplo, são provedores de internet que usam o cabeamento de fibra óptica instalado para oferecer também telefonia fixa. É preciso ser estratégico e encontrar o fornecedor ideal para as necessidades de cada setor”.
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