O que é necessário para que uma empresa passar a trabalhar com os valores ESG (sigla em inglês para “ambiental, social e governança”)? Uma coisa é certa: para que essas mudanças aconteçam, é imprescindível que os líderes estejam alinhados e integrados com a política e a cultura da organização.

Neste contexto, a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil) vai realizar amanhã (terça-feira, dia 27) o Fórum ESG para RH, no Espaço Armazém de Eventos, em São Paulo (SP), a partir das 9h.

De acordo com Ricardo Voltolini, coordenador do evento, tais líderes precisam ter uma mentalidade ESG, ou seja, o domínio de quatro competências essenciais. “Cuidado e empatia; eleger a diversidade e a inclusão; ter ética e transparência; e possuir uma dimensão ecocêntrica do mundo”, avalia.

Em conjunto, Voltolini relata que os quatro valores diferenciam um líder ESG, uma vez que os profissionais com esse perfil valorizam o diálogo, pensam no próximo, gostam de aprender com a experiência do outro e gostam de compartilhar os resultados com os colaboradores. “Eles também enxergam a diversidade e a inclusão como algo positivo, já que é desse pilar que vem a riqueza de ideias, e é dela que vem a inovação”, pontua.

Para entender quais são essas competências, o executivo estuda este tema há mais de uma década. “No meu livro ‘Conversas com líderes sustentáveis’ havia essa preocupação de estudar o perfil do líder que é mais identificado com o tema de sustentabilidade”, afirma. “Eu também desenvolvi o projeto ‘Plataforma Liderança com Valores’, no qual já ouvi mais de 500 líderes por meio de entrevistas, palestras e conversas, com o objetivo de traçar o perfil deste profissional e de entender quais são as competências que os distinguem”.

No entanto, é preciso desenvolver e capacitar esses gestores. “Eu não concordo com a afirmação que os líderes nascem líderes. O que eles necessitam é ter seus atributos desenvolvidos ao longo da vida”, diz Voltolini.

Do ponto de vista empresarial, os líderes podem ser educados dentro de alguns âmbitos. O consultor avalia que o melhor modo é envolver os colaboradores em situações reais nas quais sejam testadas suas competências. “A educação convencional não é suficiente, pois precisamos de uma experiência concreta que demonstre aos líderes a realidade de uma situação”, relata.

Na avaliação do coordenador do Fórum RH para ESG, os líderes precisam desenvolver essa capacidade, pois não há outro caminho para a empresa e para humanidade. “O capitalismo gera muitos benefícios, mas ele usa os recursos em demasia, distribui as riquezas de modo desigual e gera altos níveis de emissões de gás de efeito estufa, o que demonstra que a mudança é totalmente necessária”, afirma. “Além disso, as gerações Y e Z, que estão ocupando os novos postos de trabalho, desejam líderes e empresas que tenham propósito, inclusão e que se preocupem com a comunidade e com o meio ambiente, ou seja, buscam pessoas que possuem valores”.

O Fórum ESG para RH também apresentará tópicos voltados para a cultura humanizada, novas competências ESG, diversidade, inclusão, como o RH pode influenciar na agenda de ESG da empresa, desafios para criar uma cultura organizacional orientada por ESG e o peso do ESG para employer branding.

Os visitantes podem fazer a inscrição do evento presencialmente. Os ingressos estarão à venda por R$ 653,00 para o público geral e R$ 436,00 para os associados da ABRH Brasil.

A programação completa pode ser conferida, clicando aqui.

SERVIÇO
Fórum ESG para RH
Data: 27 de setembro
Horário: Das 9h00 às 18h45
Local: Espaço Armazém de Eventos – Rua Jaguaré Mirim, 164, Vila Leopoldina – São Paulo (SP)
Site oficial: https://www.abrhbrasil.org.br/esg/

Sobre a ABRH Brasil

A ABRH Brasil, presidida por Paulo Sardinha, está presente em 22 Estados e no Distrito Federal. As seccionais são desvinculadas juridicamente e independentes, integradas na missão de promover o desenvolvimento dos profissionais de RH e gestores de pessoas por meio de eventos, pesquisas e troca de experiências, além de colaborar com os poderes públicos e demais entidades nos assuntos referentes à sua área de atuação. Filiada à WFPMA (World Federation of People Management Associations) e à FIDAGH (Federación Interamericana de Asociaciones de Gestión Humana), a ABRH Brasil é cofundadora e integra a CRHLP (Confederação dos Profissionais de Recursos Humanos dos Países de Língua Portuguesa), fundada em 2010.