Se tivesse seguro, Petrópolis teria recebido R$ 30,7 milhões no sinistro pelas chuvas
Simulação de seguro paramétrico para a cidade de Petrópolis mostrou que, neste ano, a cidade teria gasto R$ 2,7 milhões em prêmio e recebido R$ 30,7 milhões no sinistro. Isso porque a Newe Seguros, responsável pela simulação, avaliou o volume de chuvas na cidade entre 1º e 20 de fevereiro. De 2017 a 2021, a média acumulada de chuvas foi de 163 milímetros em Petrópolis. De 2018 a 2021, no entanto, o acumulado foi de 279 milímetros. Em 2019, 2020 e 2022 choveu acima de 300 milímetros nesses dias. O resultado foi tema de reportagem no dia 04 no jornal Valor Econômico.
O gatilho definido na simulação foi o volume de chuvas acumulado acima de 300 milímetros entre 1 e 20 de fevereiro. Ou seja, o sinistro seria acionado caso chovesse mais do que esse índice estabelecido. A indenização foi calculada em até R$ 100 por habitante e prêmio de R$ 8,88 por habitante, mas os valores podem ser adaptados conforme a demanda do contratante.
O valor da indenização estaria atrelado ao volume de chuvas. “A cada milímetro a mais que chover acima dos 300 milímetros é pago R$ 1 por habitante, com limite até 400 milímetros e R$ 100 por pessoa”, explicou Rodrigo Motroni, vice-presidente da empresa.
Se a prefeitura tivesse contratado o seguro paramétrico nos índices estabelecidos desde 2019, teria pago R$ 10,9 milhões em prêmio (com valor estático) e recebido R$ 55,1 milhões em indenizações, com acionamento de apólice nos anos que a chuva ultrapassou os 300 milímetros: 2019 (336 mm), 2020 (344 mm) e 2022 (409 mm).
“A cada R$ 1 investido, teriam voltado R$ 5 em indenização”, diz Motroni. “Já existem produtos e formas concretas de atenuar os impactos desse tipo de evento de forma bem célere e com toda governança que iniciativa privada pode colocar à mesa”, completou.
Os dados foram extraídos de uma estação do Inmet localizada na vizinha Teresópolis. O instituto tenta se aproximar do mercado privado para ampliar a base de captação de dados e para fornecer as informações meteorológicas que possui para servir de parâmetro nesse tipo de seguro, uma ampliação da mensuração do risco climático do país.
O coordenador-geral de Modelagem Numérica, Paulo Costa, disse que já foram firmadas 17 parcerias com empresas e cooperativas para aumentar sua capilaridade, que já conta com 350 estações meteorológicas, balões, sondas marítimas e imagens de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
FONTE: /Cqcs/
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