Inundações atingem em cheio quem não tem seguro
Mudança climática tem provocado acidentes naturais com muita frequência. Quando se olha para o Brasil, todo ano acontecem grandes perdas no período de chuvas. Em 2021, as perdas econômicas globais decorrentes das inundações totalizaram US$ 82 bilhões, as perdas seguradas foram ligeiramente superiores a US$ 20 bilhões. O Swiss Re Institute informa que, na última década, apenas 5% das perdas graves por inundações estavam seguradas em mercados emergentes e 34% em economias avançadas, indicando uma grande lacuna de proteção global.
A maior lacuna na proteção contra inundações está na Ásia, com apenas 7% das perdas econômicas cobertas pelo seguro. Por outro lado, na Europa, 34% das perdas por inundações são seguradas.
Em termos globais, em 2021, as inundações representaram 31% das perdas econômicas globais decorrentes de catástrofes naturais, apenas 2% menos que os ciclones tropicais, de acordo com o último relatório sigma do Swiss Re Institute “Catástrofes naturais em 2021: as comportas de inundação estão abertas”.
Em 2021, as catástrofes naturais resultaram em uma perda econômica global total de US$ 270 bilhões e perdas seguradas de US$ 111 bilhões — a quarta maior nos registros sigma. O dado mostra tendência contínua de longo prazo de perdas seguradas, aumentando entre 5% e 7% ao ano em todo o mundo.
Embora o furacão Ida tenha sido o desastre natural mais caro em 2021, os eventos secundários mais uma vez foram responsáveis pela maioria das perdas seguradas por catástrofes naturais ao longo do ano. A inundação na Europa em julho, por exemplo, foi o desastre natural mais caro já registrado na região. Apesar das perdas seguradas recorde de inundações, a lacuna de proteção global associada continua grande.
“As inundações afetam quase um terço da população mundial, mais do que qualquer outro perigo. Somente em 2021, testemunhamos mais de 50 eventos graves de inundação em todo o mundo”, disse Martin Bertogg, Head of Catastrophe Perils na Swiss Re. “Dada à escala de devastação, o risco de inundação merece a mesma atenção e rigor de avaliação de riscos do que perigos primários, como furacões.”
As perdas por inundações continuarão aumentando com as mudanças climáticas e a urbanização. As mudanças climáticas têm causado eventos cada vez mais frequentes e mais extremos.
O crescimento populacional, o rápido desenvolvimento urbano e o acúmulo de riqueza econômica em áreas propensas a desastres estão contribuindo para as crescentes perdas por catástrofes.
“As perdas por inundações estão se tornando cada vez mais crescentes”, disse Jérôme Jean Haegeli, economista-chefe do Grupo Swiss Re. “No ano passado, tivemos outro alerta. Há uma urgência em ações que aumentem a resiliência das sociedades em todo o mundo. Juntamente com o setor público, as resseguradoras estão bem equipadas para afastar o desenvolvimento de áreas de alto risco e investir em medidas de proteção, como por exemplo infraestrutura verde. Isso mantém os ativos seguráveis e, ao mesmo tempo, melhora as perspectivas de crescimento”, analisou.
Os registros sigma mostram que as inundações são, de longe, o perigo natural mais frequente. Na última década, houve aproximadamente três vezes mais eventos de inundação do que os ciclones tropicais. As inundações também causaram mais de um terço de todas as fatalidades relacionadas a catástrofes naturais. As perdas econômicas das inundações totalizaram 23%, a segunda maior depois dos ciclones tropicais.
O último relatório sigma apresenta principalmente dados globais. O novo infográfico da Swiss Re fornece informações adicionais sobre a lacuna de proteção global e os perfis de risco de dez países (Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Itália, Japão, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos).
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