7 empresas engajadas no empoderamento feminino
Marcas estão comprometidas com programas e metas sólidas para fomentar a equidade de gênero no cenário corporativo
Segundo dados do último censo divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a força de trabalho feminina está em alta pelo quinto ano consecutivo, representando 54,5%. Uma pesquisa da Boston Consulting Group, afirma que as mulheres entram no mercado com tanta ou mais ambição que os homens, mantendo-se inalterada mesmo com a chegada dos filhos.
Em vista disso, felizmente, ano após ano, o mês de março traz à tona a questão da equidade de gênero e de salários no mercado de trabalho. É verdade que muito já foi feito, mas a realidade é que ainda há muito a se fazer. A boa notícia é que há inúmeras empresas que estão empenhadas em melhorar cada vez mais esse cenário, e com isso vêm assumindo compromissos de aumentar o percentual de mulheres, seja no quadro geral de funcionários, seja nos cargos de liderança.
Confira 7 empresas com iniciativas efetivas para engajar o empoderamento feminino internamente.
A KAINOS BPOTECH, do Grupo Kainos &CO, tem desenvolvido ações de educação corporativa, como o Programa de Diversidade e Inclusão, o PLURAL, lançado no fim de janeiro. O programa tem o desafio de criar um ambiente de trabalho cada vez mais colaborativo, otimizando o relacionamento com a equipe, cada vez mais diversa. A BPOTECH ainda tem 60,8% de mulheres na liderança, e das 48 mulheres, 58,3% são negras. O Programa Plural serve para evidenciar a diversidade presente na empresa. A marca explica que o DNA está voltado para pessoas, e os processos estão sempre em busca dos melhores talentos e na inclusão de vários perfis. Por lá é realizado o CENSO K, onde eles compilam informações detalhadas para elaborar ações e gerar estratégias para driblar os desafios da empresa no mercado. “Como mulher, negra e parte de uma importante estatística da empresa, em que 60,8% da liderança é composta por mulheres, me sinto representada e parte de um todo muito maior. Esse comitê cujo objetivo é promover e fortalecer um ambiente de trabalho que reconhece e potencializa o indivíduo e suas contribuições, é fantástico! Isso porque traz conhecimento, e contribui com as relações em sua multiplicidade”, detalha Viviam Rosa, Diretora de Operações
Enraizada na cultura da empresa, todos os anos a Uze, focada em soluções de crédito para o varejo, tem o hábito de trazer depoimentos de mulheres para mostrar a força desse gênero e gerar mais empoderamento. Com 513 funcionários, cerca de 80% do quadro total são mulheres, e 68% da liderança é formada por esse público. Além disso, a empresa tem estimulado a voz ativa das mulheres frente aos desafios do negócio. “Está em nosso DNA ser uma equipe majoritariamente feminina, e acreditamos que encorajar a liderança feminina faz toda a diferença nos resultados e na equipe como um todo”, explica Andrea Viana, sócia diretora da Uze. Dentre tantos exemplos na companhia, Tânia Uchoa, superintendente comercial, entrou na Uze em 2005, e no início começou com o desafio de ser a única mulher da área comercial em um ambiente varejista predominantemente masculino. Rapidamente encontrou espaço, um ambiente acolhedor e com o bom relacionamento junto aos lojistas, foi conquistando cada vez mais a confiança do mercado. Hoje, com 17 anos de empresa, Tânia é um dos exemplos de liderança feminina dentro da Uze.
A B4, uma das principais organizações de eSports do país, traz diversas iniciativas para estimular o gênero feminino nos jogos eletrônicos. Uma delas é o time de Valorant, conhecido como B4 Angels, formado apenas por meninas. A marca também realizou recentemente uma peneira exclusivamente feminina para o time de Valorant. Além disso, há pouco tempo Marcela Miranda, fundadora da Seastorm, startup studio, assumiu como sócia da B4, trazendo ainda mais ações voltadas a esse público. “O mercado de games ainda tem bastante preconceito com o ingresso de mulheres, inclusive, muitos ainda deixam de jogar quando descobrem que seu adversário virtual é uma mulher. Meu sonho é transformar esse cenário, alavancando o número de mulheres no universo de eSports, e é por isso que decidi integrar a gestão no dia a dia da organização”, explica Marcela.
Na contramão do que é comum no sistema financeiro, na fintech Trigg 58% dos cargos de liderança, de todos os níveis, são ocupados por mulheres. E faz parte do DNA da Trigg, já que uma das fundadoras foi uma mulher. Para a organização a liderança feminina tem como diferenciais: autoconfiança, empatia, capacidade de influência, bom humor, resiliência, assertividade e intraempreendedorismo. O objetivo é evoluir para um time mais diverso, rico em experiências e origens a serem compartilhadas, que colaboram para a construção de uma organização mais inclusiva, criativa e equilibrada. Para isso, a Trigg promove uma atração de pessoas por meio de propósito e valores. Dentre tantos exemplos, a fintech tem o da Eliane Rego, com mais de 5 anos de casa. Aposentada, 58 anos, chegou quando nem operação tinha. Ajudou a fundar as áreas de relacionamento, formalização, backoffice e hoje é Gestora, braço direito no risco nas frentes Backoffice, Formalização e Prevenção à Fraude.
Assim como tantas mulheres, Bryene Lima, mulher negra, teve que vencer diversas barreiras para chegar ao cargo que ocupa hoje. Ela diz que a luta contra o preconceito é diária e que em sua carreira, quando trabalhava como assessora de comunicação de um Tribunal Regional Eleitoral, já teve que levar estagiários homens e brancos para poder falar com juízes, já que a sua presença incomodava. “Não desenvolviam a pauta e não respondiam algumas perguntas quando era comigo”. Ela passou sete anos neste cargo e mesmo se considerando mais competente que muitas pessoas não teve a possibilidade de mudar de setor ou crescer dentro da empresa. Mas na edtech Explicaê, Bryene conseguiu a oportunidade de assumir um posto de liderança. Ela, que entrou como designer gráfica e há um ano conquistou um cargo de liderança, como supervisora pedagógica. “Explicaê abriu as portas para mim independentemente da minha cor ou gênero. Tenho me fascinado com os desafios de poder gerir processos e pessoas”, diz.
A CBYK, empresa de desenvolvimento de softwares e soluções personalizadas de TI, fará uma ação especial, em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, convidando Paola Mancini, para um workshop de três horas que ajudará as colaboradoras a descobrirem como fazer a imagem pode trabalhar a favor delas. “Vamos descobrir os estilos pessoais e analisar a silhueta de cada um, e ensinar aos participantes como conseguir um visual mais estiloso, harmônico e autêntico, de forma prática e inteligente. A tarde será de muito conhecimento, interação e integração das mulheres com comes e bebes”, explica Juliana Dimario, Gerente de Pessoas e Cultura da CBYK. A empresa tech, cuja área ainda é predominantemente masculina, tem 257 colaboradores, sendo 41 mulheres e trabalha para equilibrar essa balança. A empresa é investida pela Seastorm Venture Builder e uma das suas metas, conforme as ações ESG do grupo, é colocar mais mulheres na liderança. A CBYK também participa de pesquisas periódicas e acompanhamento do percentual de diversidade entre os profissionais da empresa para monitorar o andamento do equilíbrio de diversidade.
Atualmente, o público feminino dentro da Gertec, empresa brasileira desenvolvedora de soluções tecnológicas para meios de pagamento, automação comercial e bancária, assume 90% das cadeiras disponíveis nos comitês instituídos internamente, pelo reconhecimento da competência analítica e visão da totalidade exercida sobre os resultados entregues. Do total de colaboradores, 58% são representados por mulheres, e entre o grupo da alta direção, 36% está representado por elas. Por ser uma empresa de tecnologia, um setor em que é comum a presença majoritária de homens, a companhia atua com o objetivo de fomentar a capacitação das mulheres no mundo tecnológico. “Com uma equipe feminina, é possível observar atuações diferenciadas nos quesitos organização, maior sensibilidade administrativa e percepção positiva do ser humano em sua essência, embora o público masculino tenha uma ótima performance, a habilidade em atuar com vários temas ao mesmo tempo e maior sensibilidade contribui significativamente, na gestão dos processos e pessoas”, comenta Edinalva Soares, Diretora de Recursos Humanos.
------------------------------------------------------------------------------------
Segs.com.br valoriza o consumidor, o corretor, os corretores e as corretoras de seguros
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>