Novas demandas condicionam o sucesso no comércio internacional
Francisca Grostein
O ambiente internacional de negócios contemporâneo vem apresentando novas demandas, obrigando as empresas a adotarem novos padrões internacionais de ação.
Há pouco tempo atrás, para uma empresa ser bem-sucedida no mercado internacional, bastava ela ter um produto de boa qualidade e preço competitivo.
Hoje, a questão da sustentabilidade - principalmente nas suas vertentes ambiental e social - passou a ser referência para consumidores internacionais.
Na medida em que as empresas brasileiras passam a incorporar esse tema da sustentabilidade nas suas ações, seus produtos tendem a ter maior aceitação no mercado internacional.
E como funcionam essas condicionantes? Segundo o Instituto Internacional para a Sustentabilidade, existem alguns fatores que, nas últimas décadas vêm induzindo as empresas a adotarem ações de sustentabilidade, como por exemplo:
• Comportamento do consumidor - em muitos países, temas como a origem da matéria prima e processos produtivos que não agridam o meio ambiente têm sido determinantes na decisão de compra de muitos produtos;
• Ambiente regulatório - as empresas exportadoras vêm aderindo a certificações ambientais sendo que algumas delas - principalmente as que atuam no mercado internacional - preferem aderir voluntariamente antes mesmo que essas certificações se tornem obrigatórias pois percebem que isso pode gerar vantagem competitiva;
• Acordos Comerciais - os acordos comerciais internacionais mais recentes já contemplam cláusulas que, de certa forma, condicionam os países membros a adotarem medidas de sustentabilidade tanto ambiental quanto social;
• Mercado financeiro - com o objetivo de obter maiores resultados e reduzir riscos, os investidores estrangeiros deixam de investir em empresas que, no seu processo produtivo, não se preocupam em preservar o meio ambiente, como por exemplo, empresas cujo processo produtivo é altamente poluente.
Para o Brasil, a vertente ambiental da sustentabilidade tem grande importância pois, entre outras consequências, o desequilíbrio ambiental poderá alterar o regime de chuvas que, por sua vez, é essencial à agricultura. E, por ser grande exportador de produtos agrícolas, a falta de cuidado com o meio ambiente - tanto por parte do setor público, quanto do setor privado - poderá prejudicar a nossa performance de exportação do segmento do agronegócio, tão importante para a balança comercial e para a economia do País.
Francisca Grostein é professora de Administração - Comércio Exterior e membro do NDE (Núcleo Docente Estruturante), na área de Comércio Exterior, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie está na 103º posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.
Em 2021, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.
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