Márcio Coriolano e Alexandre Camillo Debatem as Tendências do Mercado Segurador Para 2021
O Sindicato das Seguradoras do Estado de São Paulo (Sindseg-SP) realizou uma live na manhã de quinta-feira (04) com importantes lideranças do mercado segurador para analisar tendências e projeções do setor para o ano de 2021. O presidente do Sindseg-SP, Rivaldo Leite, mediou o encontro virtual que teve a participação do presidente da Confederação Nacional de Seguros (CNseg), Márcio Coriolano, e do presidente do Sindicato dos Corretores do Estado de São Paulo (Sincor-SP), Alexandre Camillo. A atividade aconteceu no canal do Sindseg-SP no Youtube.
Na abertura da atividade remota o mediador do encontro, Rivaldo Leite, salientou a importância da união por parte das entidades que representam o mercado para a criação de produtos e a oferta de capacitação aos corretores para que o setor venha apresentar índices de crescimento mais significativos ao final de 2021.
Marcio Coriolano iniciou sua participação destacando que a sociedade em todos os segmentos está enfrentando um período muito difícil por conta da disseminação da Covid-19. Entretanto, o presidente da CNseg enalteceu a aproximação que ocorreu em 2020 entre o setor dos corretores de seguros e as companhias seguradoras: “o distanciamento social provocado pela pandemia exigiu de todos um comprometimento ainda maior. O mercado segurador está muito unido”.
Coriolano destacou que apesar de todos os problemas gerados pela pandemia, o segmento de seguros apresentou resultados positivos no último ano. “O setor de seguros cresceu 1,3% em 2020. Claro que esse índice é pequeno na comparação ao crescimento apresentado em 2019, que foi de 12,5%. Mas o percentual pode ser considerado positivo já que a crise epidemiológica do vírus gerou uma crise de mobilidade, que provocou diminuição no consumo e na produção, fazendo com surgisse uma crise econômica. A queda do PIB no Brasil no ano passado foi de 4,01%. Portanto, nosso setor foi muito melhor que outros segmentos da economia como a indústria, o setor de serviços e o comércio. O único setor que se salvou foi o agroindustrial”.
Ao detalhar aspectos que compõem a economia do mercado segurador, o presidente da CNseg explicou quais foram os resultados que contribuíram para o crescimento de 1,3% no setor. “Esse percentual foi a combinação do crescimento superlativo do setor de patrimônios, danos e responsabilidade e atingiu o percentual de 6%. Em contrapartida o segmento vida ficou estável e o de capitalização caiu”.
O executivo demonstrou o motivo pelo qual ocorreu a elevação na procura pelo seguro residencial: “foi devido ao isolamento social que fez com que a casa das pessoas passasse a ser também o local de trabalho delas e de estudo para os filhos”. Rivaldo Leite complementou a informação de Coriolano. “Na pandemia, a procura pelos serviços associados aos seguros residenciais mais que dobrou, ultrapassando os de guincho.”
Coriolano ainda fez referências ao grande desempenho do segmento de responsabilidade civil: “cada vez mais as pessoas estão buscando proteção contra eventuais processos”. O presidente da CNseg elogiou todo o setor de seguros por sua conduta diante dos problemas enfrentados com o isolamento social e a diminuição das atividades presenciais. “Ninguém acreditava que nós pudéssemos ter uma tecnologia embarcada tão eficiente e isso possibilitou que seguradores e corretores conseguissem em pouco tempo ter os canais necessários para que as pessoas não ficassem desassistidas”. A opinião de Coriolano é corroborada por Alexandre Camillo: “a pandemia mostrou que as seguradoras estavam muito bem preparadas tecnologicamente e atentas às necessidades de seus segurados”.
Na avaliação de Camillo o seguro residencial passou a ter grande uma importância para o cidadão: “com a pandemia a casa se traduziu no ambiente de proteção. Antes do aparecimento da Covid-19 a residência das pessoas era o local onde menos elas ficavam”. Segundo o presidente do Sincor-SP, o setor de seguros está tomando uma relevância que era esperada há muitos anos. “Evidente que não desejamos que a sociedade e nossas empresas passassem por isso. Um momento como esse traz a necessidade de proteção”.
Camillo reforçou a importância de iniciativas da Susep que visam proporcionar mais inovação e expansão do setor, como o Sandbox Regulatório e a Circular 621, permitindo que as companhias seguradoras ofereçam os chamados combos, que combinar coberturas e desenham produtos para nichos específicos.
Sobre as perspectivas para o futuro, Coriolano entende que o mercado precisa investir mais em comunicação: “em 2020 pudemos comprovar que o número das assistências prestadas pelas companhias se expandiu consideravelmente durante a pandemia. Existem diversas oportunidades que dependerão da capacidade de nos mobilizarmos em conjunto".
O presidente da CNseg acha que o Governo e o Congresso precisam fazer o seu papel de estabilização e que a capacidade de vacinação será muito importante na retomada da economia. Por fim, Coriolano fez referências à necessidade da incorporação de mais pessoas ao mercado segurador. “Nós alcançamos apenas 30% dos cidadãos brasileiros, já que 70% da população ganha menos de dois salários mínimos. É tanto um dever moral quanto de negócios de nosso mercado propor um marco regulatório que possibilite expandir os negócios por meio do micro-seguro, ou seguros inclusivos”.
Já para o presidente do Sincor-SP, o aumento da acessibilidade ao seguro trará a criação de novas oportunidades para os corretores atuarem. “Nosso país necessita de um seguro de baixo custo que cumpra com o verdadeiro papel social, não deixando muitas famílias dependendo dos benefícios ofertados pelo governo. É necessário que se promova mais a densidade do seguro em nossa população”.
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