A ressignificação do canal de vendas
Insights apresentados no Kantar Talks mostram que a tecnologia passa a ser mais presente no dia a dia dos brasileiros
O e-commerce se valorizou nos últimos meses e ganhou mais espaço na rotina das pessoas. Vendas realizadas pelo celular, em especial pelo WhatsApp e outros aplicativos de mensagens, se desenvolveram como forma de negócio. Segundo levantamento da Kantar, 11,7% dos lares fizeram compras de bens de consumo rápido (FMCG) por meio do smartphone em 2020. Os dados apresentados no Kantar Talks demonstram a adaptação dos consumidores e das empresas às mudanças de hábitos impostas neste período. O fast food (54%), os remédios (37%) e os itens de vestuário (34%) foram os principais artigos que os brasileiros começaram a comprar ou aumentaram gastos no consumo online.
"O e-commerce avançou em meses o que estava previsto para anos. Isso aconteceu por dois motivos: quem já comprava online passou a adotar essa forma de comércio para outras categorias de produtos e, por outro lado, muitas pessoas passaram a comprar virtualmente pela primeira vez na vida. Esse comportamento também é uma via de mão dupla, afinal muitos comerciantes também passaram a vender online desde o início da pandemia", explica Adriana Favaro, diretora de Desenvolvimento de Negócios da Kantar IBOPE Media. A experimentação foi o drive para esse tipo de consumo. O novo contexto em que vivemos transformou, principalmente, as nossas relações sejam elas pessoais, sociais ou comerciais, trazendo mudanças de hábitos chegaram para ficar. Segundo a pesquisa da Kantar, 53% das pessoas manterão os hábitos adquiridos pelo isolamento social.
De acordo com o estudo, 21% dos entrevistados passaram a comprar comida e bebida pela internet, 19% aumentaram o consumo de Vídeo On Demand, 14% começaram a realizar chamadas de vídeo de trabalho, e 9% se consultaram por telemedicina - indicando que a tecnologia ampliou a sua participação no dia a dia das pessoas. A transformação acelerada trouxe desafios, mas também muitas oportunidades para as marcas que estiveram atentas as mudanças de comportamento do consumidor e, principalmente, que conseguiram estabelecer um diálogo próximo com seu público.
Análises da Kantar demostram também um crescimento de acessos às redes sociais logo no início da pandemia. O Youtube despontou com um crescimento de 87% de acessos pelos millennials e centennials, 75% pelos adultos entre 35 e 54 anos e em 56% pelas pessoas acima de 55 anos. O Instagram teve um aumento de 69% pelo primeiro grupo, 51% pelo segundo e 34% pelo terceiro. Já o TikTok teve um aumento de 35%, 24% e 14% respectivamente entre as faixas etárias.
"O denominador comum é a agilidade. Vimos empresas e marcas se adaptarem do dia para a noite a esta mudança brusca. É importante estar atento aos meios que ganham audiência do público. Em abril, um mês após o início da pandemia, vimos que as mídias sociais ganharam relevância e é fundamental as marcas estarem preparadas para interagir com os novos perfis de consumidores vão surgir no mundo pós pandemia", afirma Adriana Favaro.
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