Marco Regulatório do Saneamento: entenda quais carteiras devem crescer
O novo marco regulatório do saneamento, estabelecido por lei sancionada há 15 dias, terá profundos reflexos no mercado de seguros. Mas, quais as carteiras sofrerão maior impacto e que, portanto, deverão ser priorizados pelo corretor de seguros?
A primeira delas, por óbvio, é o seguro garantia. Como a expectativa é de investimentos anuais em saneamento da ordem R$ 55 bilhões até 2033, como estimou o Valor Econômico, a importância segurada deve saltar para aproximadamente R$ 70 bilhões, no mesmo período, apenas no seguro garantia performance.
Atualmente, segundo dados da Susep, 30 seguradoras operam no seguro garantia ao segurado (público ou privado), ramo que gerou receita da ordem de R$ 1,3 bilhão de janeiro a maio deste ano, aproximadamente 7% a menos do que em igual período de 2019.
Outra carteira que deverá crescer muito nos próximos anos em razão do marco do saneamento é o seguro de (riscos) engenharia, que ainda está muito aquém do seu potencial. Nos cinco primeiros meses deste ano, esse ramo arrecadou R$ 202,6 milhões, 23,4% a menos que no mesmo período de 2019. Segundo a Susep, 27 seguradoras dividiram essa receita.
Os seguros de equipamentos industriais e para veículos também serão favorecidos pelo marco, assim como as coberturas para pessoas, uma vez que as obras de infraestrutura específica para serviços de saneamento deverão gerar até 700 mil empregos, de acordo com projeção feita, em artigo, pelo presidente da CNseg, Márcio Coriolano. “Diante da escalada recente do desemprego, este é, evidentemente, um dos motivos para comemorarmos o novo marco regulatório”, comentou o executivo.
Outro executivo bastante otimista com as possíveis consequências do marco é o presidente da Pottencial Seguradora, João Géo Neto. Ouvido pelo Valor Econômico, ele afirmou que o mercado brasileiro possui capacidade para aceitar os produtos. Ressaltou, contudo que seguradoras “novatas” podem enfrentar desafios em repassar os riscos aos resseguradores. Por essa razão ele alerta que essa “é uma boa novidade para todo mundo, mas é preciso estruturar bem a subscrição de riscos”.
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