Em tempos de Covid-19, o que fazer diante de catástrofes pessoais?
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As pessoas reagem de um modo esperado diante dos acontecimentos inesperados diante das catástrofes pessoais. A primeira fase é a de negação até chegar ao contato integral com a dor. Segundo o psiquiatra Cyro Masci, é importante não querer e não exigir soluções de uma só vez. É preciso ajudar a pessoa a enfrentar a crise em doses controláveis, evitando frases feitas, como “a vida deve continuar”, que podem quebrar os verdadeiros sentimentos.
Mais cedo ou mais tarde, vem o contato integral com a dor. É o momento em que uma possível resolução saudável de crise começa a se formar.
Às vezes coisas ruins acontecem a pessoas boas. Acontecimentos inesperados, como a perda de um parente próximo, notícia de doença grave em família, acidentes de todos os tipos, podem provocar uma situação de crise pessoal. Segundo o médico psiquiatra Cyro Masci, não importa o tamanho da catástrofe pessoal, algo precisa ser feito, principalmente durante a pandemia, por conta do Covid-19, em que o número de mortes e de infectados aumenta dia a dia.
“O princípio básico que deve ser lembrado é que pessoas reagem de um modo esperado diante dos acontecimentos inesperados”, explica Cyro Masci. São reações normais para acontecimentos anormais. Grosso modo, segundo o especialista, a maioria das pessoas sofre um processo de adaptação que segue determinadas fases.
A primeira delas é a da "notícia", e a reação mais comum é a de negação. “Não pode ser verdade, não comigo”. A maioria das pessoas passa por essa fase num estado de letargia, até que se chega na segunda fase, quando se começa a perceber o que está ocorrendo. Alguns podem achar assustador e irritante, outros até mesmo agradável e excitante.
“Esse é um primeiro contato com a realidade. Grande parte das pessoas possivelmente irá mudar de opinião e sugere-se que não tenha nenhum compromisso com esses sentimentos iniciais. Isso é mais difícil quando a pessoa inicialmente fica até animada e, com o passar do tempo, começa a mudar sua visão”, acrescenta Cyro Masci.
O psiquiatra lembra que num terceiro momento, muitos poderão tentar uma solução improvisada. “O problema dessa fase é que a pessoa ainda não entrou em contato integral com a dura realidade. Pode estar querendo evitar o sofrimento de ver a real dimensão da crise e achar uma saída em que haja pouco ou nenhum prejuízo”, afirma o especialista.
Contato integral com a dor
De acordo com Masci, mais cedo ou mais tarde, vem o contato integral com a dor. “Fica-se face a face com o inevitável, o momento em que uma possível resolução saudável de crise começa a se formar, seja ela na forma de enfrentamento, seja na forma de luto e aceitação do inevitável”.
Durante todo esse tempo, são comuns sintomas como sensação de impotência, inquietação, culpa, vergonha, raiva e depressão. “Há uma flutuação típica e esperada, ocorrendo períodos de melhora e momentos de piora, às vezes dentro do mesmo dia, às vezes dentro da mesma semana”, explica o médico. Segundo ele, toda pessoa fica mais fragilizada e influenciável, o que aumenta o risco de tomadas de decisão inadequadas baseadas no primeiro que ofereça colo e carinho.
O que é possível fazer nesses momentos? Para ajudar alguém que está passando por esse tipo de situação, a primeira coisa a ser lembrada é que o caminho da recuperação não é uma linha reta, e não pode ser um círculo vicioso. “É uma espiral em que, quando a pessoa se encontra no alto, procura-se incentivar na busca de soluções concretas ou medidas para o futuro. E quando na baixa, tolera-se a angústia e permite-se um saudável extravasar de sentimentos, especialmente os medos e temores”, acrescenta Cyro Masci.
Sem exigências
O psiquiatra orienta que é importante não querer e não exigir soluções de uma única vez. “É preciso ajudar a pessoa a enfrentar a crise em doses controláveis. O melhor caminho é não entrar na ‘conspiração do silêncio’, fazendo de conta que tudo está bem”. A atitude ideal para quem deseja ajudar, segundo ele, é ser um bom ouvinte, o que significa colocar-se à disposição para simplesmente ouvir, facilitar o desabafo, tolerar a mágoa e a irritação.
“Um cuidado especial é o de não incentivar o silêncio e o recolhimento com frases como ‘foi a vontade de Deus’ ou ‘a vida deve continuar’, que na realidade são ordens para quebrar os verdadeiros sentimentos e substituí-los por frases feitas”. A postura correta, orienta Masci, é a de oferecer o ombro de igual para igual, mostrando que tem fé na capacidade de o indivíduo superar a crise.
O princípio é tolerar a ansiedade nos momentos em que o indivíduo está por baixo. E estimular a busca de soluções (que não são necessariamente ações imediatas) quando se está por cima. “A ideia do caminho com altos e baixos, mas em que se caminha para frente, não deve ser esquecida”, finaliza Cyro Masci.
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