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ESTRATÉGIAS: Empresas precisam amenizar estragos causados pelo coronavírus

Economia mundial tem sido grande vítima da pandemia do novo Coronavírus Economia mundial tem sido grande vítima da pandemia do novo Coronavírus

Consultor empresarial e especialista em governança corporativa, Marcelo Camorim, afirma que companhias, sejam elas grandes ou pequenas, precisam reduzir custos já e acompanhar em tempo real evolução dos cenários macro e microeconômicos. Porém, ele ressalta que momento é de alerta e não de pânico, e critica efeito das fake news que só geram temor desnecessário

O coronavírus tem feito muito mais vítimas do que as mais de 150 mil pessoas infectadas e os seis mil mortos no mundo, contabilizados até o momento pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Aliás, o temor da doença está fazendo um enorme estrago na economia mundial. Nas últimas semanas os mercados internacionais estão dando uma clara ideia de como a epidemia, aliada a outras questões, como guerra comercial do petróleo entre Rússia e Arábia Saudita, pode ampliar ainda mais o seu impacto na vida das pessoas e das empresas.

Neste mês de março, o Ibovespa registrou três quedas históricas, as maiores em 22 anos. No dia 9 de março, baixa de 12,17%, e dois dias depois um tombo de 14,78%, e por fim no último dia 16, queda de 13,92%, com o dólar fechando pela primeira vez no câmbio oficial acima do patamar de R$ 5. Isso fez com que a Bolsa brasileira, por três vezes num único mês, acionasse o chamado 'circuit breaker', um mecanismo que faz com que a instituição interrompa seus trabalhos, assim que ultrapassa uma queda superior a 10%. Até então essa manobra só havia sido usada duas vezes em toda a história da Bolsa brasileira.

De acordo com o consultor empresarial e especialista em governança corporativa, Marcelo Camorim, tal como um organismo humano a forte queda nas bolsas, alta do dólar, baixo consumo em grandes centros do mundo como China e Europa são os sintomas, de um mal do qual o mundo já sofreu durante surtos de outras doenças. “Para as pessoas a doença é o coronavírus, ou Covid-19, mas para a economia, a grande doença é o medo e a incerteza em relação às economias dos países e do mundo. E os principais sintomas disso são o baixo consumo das famílias, em especial de bens de grande valor, queda brusca na produtividade das empresas, e consequentemente forte retração nos seus investimentos, o que numa economia global é um efeito dominó devastador”, explica o especialista.

O consultor afirma que as medidas de contingenciamento adotadas pelos países, como fechamentos de fronteiras, cancelamentos de voos para diversos países e cancelamentos de grandes eventos, embora necessárias para conter a disseminação do vírus, desaceleram as grandes economias e inevitavelmente a economia do mundo. “As grandes empresas, que têm peso decisivo nesta economia globalizada, todas montaram seus respectivos comitês para acompanhar o desenrolar desta crise. E esses comitês acompanham, não só os números do dólar, do petróleo, mas também o sobe e desce das principais bolsas do mundo, os preços das commodities, do ouro, ou seja, tudo que demonstra o grau de nervosismo dos mercados e para onde as empresas devem ou não ir”, diz Camorim.

Acompanhar e reduzir

Mas e as médias e pequenas empresas, que embora não tenham o mesmo poder de manobra das grandes corporações, também serão igualmente afetadas pelos efeitos da crise econômica gerada pela pandemia? Para o consultor, as empresas menores precisam também, dentro de suas respectivas proporções, montar seus comitês de monitoramento para acompanhar a situação, tanto no cenário micro como macro econômico, e planejar as inevitáveis reduções de custos. “Essa é uma hora em que o controle dos números da empresa é fundamental para evitar o mínimo de perdas ou até mesmo para empresa sobreviver. Porque você sabe que haverá uma queda na receita devido ao baixo consumo e depois da crise haverá o período de recuperação e os investimentos deverão estar retraídos por muito tempo ainda”, explica o especialista em governança corporativa.

Camorim lembra que uma das primeiras medidas tomadas pelas empresas, sejam elas grandes ou pequenas, é a suspensão das admissões e avaliação de desligamentos. “As companhias precisam ficar de olho nos seus custos, isso em tempo real, e reduzir onde é possível, fazendo novas negociações com fornecedores, revendo a necessidade de compra ou expansão de maquinário e, infelizmente, avaliar a necessidade de demissões”, destaca o especialista.

Para Marcelo Camorim, as empresas neste momento precisam manter uma produtividade mínima necessária e com isso ter tempo de acompanhar e se adaptar ao desenrolar das variações econômicas, sejam elas micro ou macroeconômicas. “É preciso ter em mente que o momento é de alerta, sim, mas não de pânico”, frisa.

Fake news

Apesar de entender que uma pandemia como a do coronavírus irá sim afetar fortemente a economia do mundo, Marcelo Camorim avalia que a atual crise tem sido, indevidamente, potencializada pelo fenômeno das fake news. “As notícias falsas sobre o Covid-19 também têm trazido um enorme estrago às economias, pois além de colocar em risco a vida das pessoas com informações inverídicas, gera um medo excessivo nas pessoas, que às vezes beira ao desespero e à fantasia. Já ouvi e já li, por exemplo, fakes news que dizem que a China criou o coronavírus para que as empresas caíssem em 20% 30% e eles [os chineses] comprarem as ações na baixa e vendessem na alta. Um absurdo que traz um excessivo e desnecessário temor aos mercados”, conta Camorim.

No caso do Brasil, o especialista acrescenta um outro agravante ao cenário econômico que pode fazer com que investimentos privados e públicos se retraiam ainda mais, que é a questão política. “Estamos num ano de eleição, no caso municipais, e isso por si só já gera ruídos na economia da País. Mas o efeito político mais impactante na economia brasileira continua a disputa de poder entre os poderes, em especial entre o Executivo e o Legislativo. Essa disputa trava o andamento de reformas que ainda se fazem necessárias, como a tributária e a administrativa”, explica Camorim.


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