“O mercado cresce porque as pessoas estão querendo se proteger dos riscos”

Assim se pronunciou o Presidente da Confederação das Seguradoras, ao avaliar o desempenho dos nove primeiros meses de 2019.

Todavia na contra mão desse desempenho está automóvel perdendo expressiva participação de colocação de apólices na frota do País.

Não é desejo desmerecer os produtores, mas sempre tivemos nesse produto a ajuda inestimável da alta frequências de sinistros o que sem necessidade de qualquer ajuda de marketing provoca como sempre a procura e venda do produto. O que justifica essa queda na produção?

Cotação para renovar Toyota Yaris 19/19 – Código FIPE 002168-7 valor R$ 61.545,00 ; DM - R$ 100.000,00 DP - R$ 150.000,00, guincho km ilimitado, vidros retrovisores, faróis, lanternas, carro reserva 30 dias e despesas extras excluídas. Todas com franquias reduzidas em 50%, embora comparadas com o ano anterior mostrem claramente que elas foram aumentadas significativamente. Parece que se quer iludir o consumidor corrigindo o premio discretamente e a franquia em proporções aviltadas. Produz o efeito desejado? Ou a recusa de compra pelo cliente de boa fé e aceitação pelo de má fé? A seguir resultado das cotações.

Allianz – R$ 4.246,99 premio e franquia somados igual a 6,90% do valor da unidade.
SAS - R$ 3.822,39 idem, idem a 6,21%.
Mitsui- R$ 4.147,26 idem, idem a 6,73%.
M a p f r e – R$ 5.114,82 idem, idem a 8,31%.
HDI - R$ 4.297,35 idem, idem a 6,98%.
Azul R$ 8.685,90 idem, idem a 14,11%.
Porto R$ 9.548,18 idem, idem a 15,51%.

Mesmo sem ser um grande esperto em seguros minha opção foi a SAS. Agora tentar justificar essas diferenças e ainda assim conseguir vender uma apólice onde a soma da franquia e premio equivale a 15,51% do veiculo é uma tarefa hercúlea para qualquer comercial em qualquer nível. Todavia o interessado numa perda total fraudulenta compra tranquilo, pois vai dar lucro e a colocação é garantida em face de não haver vistoria previa em nenhuma das Cias. cotadas.

Se adotada franquia sem desconto só fraudador compra apólice nessas condições, enquanto os clientes de boa fé procuram alternativas melhores.

São Paulo, novembro de 2019.

Paulo Pinna Teixeira