Jovem, de classe média, ultra conectado com devices modernos e gigantes pacotes de dados? Este é o estereótipo do internauta quando buscamos definir quem anda navegando nas redes. Mas na realidade não é, nem de perto.

Para ajudar na definição de estratégias e caminhos a serem seguidos nas comunicações de seus clientes, a agência Grey, em parceria com o Instituto Locomotiva, desenvolveu o estudo “Conhecendo os verdadeiros usuários de Internet brasileiros” para mapear a relação do brasileiro com o digital e identificar seus hábitos de consumo e familiaridades para definir o verdadeiro perfil do internauta brasileiro.

A internet deixou de ser um privilégio exclusivo e se tornou um retrato da nossa sociedade: dos 122 milhões de usuários, 78% deles pertencentes às classes C, D e E, metade é negra, 87% não fala outro idioma além do português e 3 em cada 4 não tem ensino superior.

O nordeste se destaca como a região com maior dependência de conexão via Wifi no celular, o que demonstra maior dificuldade de acesso. Mas nem de longe os nordestinos usam menos as redes sociais do que o restante do país: a região apresenta destaque de penetração em redes variadas, como YouTube, Instagram e Messenger, em alguns momentos com índices maiores que a região sudeste.

Apesar do acesso ter sido democratizado, barreiras financeiras ainda são um grande obstáculo ao uso pleno da internet. Em 41% dos domicílios com acesso à internet, o celular é o único device usado para se conectar, mas apesar disso, o uso da internet pelo celular é limitado: em média, os pacotes de dados oferecem 10 MB por dia, o que corresponde a pouco mais de 30 segundos de um vídeo Full HD.

Para definir o perfil do internauta, o estudo percorreu por 3 principais pontos que juntos resultariam na melhor retratação do perfil deste usuário. São eles: idade e renda, geografia e comportamento.