Pesquisadores da revista científica Nature Human Behavior analisarem recentemente a associação dos seres humanos com o dinheiro e a felicidade. A partir desse estudo, concluíram que quanto mais se recebe por um trabalho, mais feliz você fica — mas isso se inverte em certo ponto, quando o "excesso" de dinheiro começa a trazer sentimentos negativos. Claro que isso varia entre as pessoas e as cidades do mundo, mas a alegria em relação ao salário tem muito mais a ver com a valorização das competências profissionais do que com o poder de compra em si.

Contudo, "é bastante normal encontrarmos um profissional que não gosta do que faz, mas que se mantém onde está por conta do salário, da família e dos boletos que não param de chegar. Quem se sente assim deve parar por um momento e colocar as ideias no lugar para, enfim, decidir se suas competências profissionais estão sendo reconhecidas e remuneradas de maneira correta", afirma Bruno Cunha, Headhunter & Master Coach de Carreira, sócio da Pontus Consultoria em RH, empresa especializada em assessoria de carreira profissional.

E o contrário também é comum: colaboradores que adoram suas funções, o ambiente e os colegas do trabalho, mas que se sentem insatisfeitos por ganharem pouco e não se sentirem valorizados. Em ambos os casos, é necessário que o profissional avalie qual aspecto da sua vida está sendo diminuído em relação aos demais, como o crescimento profissional e o econômico.

Como ter as competências profissionais valorizadas no mercado?

"Definir objetivos, manter o foco e ter paciência é essencial para que as suas competências profissionais sejam valorizadas e pagas da maneira correta", revela Bruno Cunha. Ou seja, você precisa trabalhar e investir em sua carreira para ganhar autoridade na área e, por fim, ser valorizado fazendo aquilo que gosta e tem afinidade.

Portanto, as duas situações citadas anteriormente, do profissional que ganha pouco e gosta do trabalho, e do que não gosta, mas precisa do salário, precisam ser avaliadas para que um ponto de equilíbrio seja encontrado. Nas duas situações é possível que as carreiras estejam precisando ser analisadas e realinhadas para que o trabalhador se sinta satisfeito em todas as esferas de sua vida.

Driblando a insatisfação

"Muitas coisas fazem parte da sensação de se sentir satisfeito, não só o salário. Manter um plano de carreira, por exemplo, é fundamental para ter as competências profissionais valorizadas dentro de uma empresa", conclui Bruno Cunha. Sendo assim, é importante que você defina estratégias de crescimento, foque nos pontos positivos de cada posição e desligue-se do que não faz bem à sua saúde mental; e se ainda assim você não sentir satisfeito, talvez seja a hora de repensar a carreira e mudar de área.

Portanto, se você se encontra em um dos dois cenários citados no começo deste texto, talvez valha a pena contratar o auxílio de um especialista, como um Consultor de Carreira, para trilhar qual caminho seguir daqui para frente. Afinal, será que suas competências profissionais não podem ser mais bem pagas em outra empresa, com seu devido valor, ou será que você pode mudar sua relação com o trabalho e sentir-se mais motivado?

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