As insurtechs podem ajudar os Corretores de Seguros
A primeira palestra do segundo dia do Conec começou discutindo tecnologia. Com o tema “Insuretech: tecnologia do presente – Preparando o futuro da corretagem de seguros”, corretores lotaram a plenária do ExpoTransamerica para ouvir mais sobre o assunto. Marco Damiani, 1º tesoureiro do Sincor-SP, conduziu a palestra que na primeira parte, Omar Ajame, CEO da TEx; Eduardo Weber, superintendente-executivo da Porto Seguro e Robson Machado, membro do Comitê de Insurtechs da Câmara-e.net falaram da atuação das insurtechs.
Ajame disse que o mercado de seguros brasileiro despertou para o tema. A TEx é uma das maiores insurtechs do setor e foi criada há 10 anos e, em sua apresentação, o executivo disse que a chave para usar o que a tecnologia tem a oferecer é entender como ela pode ser usada a nosso favor. “Isso não significa ser técnico, significa saber mais do que a grande maioria das pessoas sabe hoje, é ir mais fundo do que vamos hoje”, afirmou. Para ele, o ritmo de inovação vai continuar a acelerar. “Consumidores estão cada vez mais exigentes e impacientes e, por isso, precisamos atender com agilidade”, destacou.
Eduardo Weber, superintendente-executivo da Porto Seguro, representando a Oxigênio, a aceleradora de startup da seguradora disse que as startups são amigas do corretor e também do mercado de seguros. Weber falou do papel da Oxigênio e como ela funciona. “Apresentamos para as startups nossos executivos e nossas necessidades de melhoria”, disse.
Robson Machado, membro do Comitê de Insurtechs da Câmara-e.net falou sobre o comercio digital e a evolução das insurtechs no mercado brasileiro. “Em 2017, eram 78 insurtechs e, destas, 64% tinham atuação B2B (empresa-empresa), 28% B2C (empresa-consumidor) e 8% B2B2C (empresa-empresa-consumidor).
Segundo Machado, no mundo inteiro as insurtechs movimentam cerca de 19 bilhões de dólares. “São 1500 insurtechs no mundo e, delas, 32% são de plataformas on-line”, revelou. O especialista disse que ainda há desafios disruptivos. “O termo disrupção descreve a ocorrência de uma inovação com característica de romper com os padrões que não ocorre de forma suave e evolutiva”, registrou. Ele lembrou ainda que o consumidor ficou exigente e quer produtos adaptados à era digital com produtos personalizados. “A tecnologia por si só não é disruptiva. O que o corretor pode fazer? Esse é o momento de estabelecer parcerias com empresas de tecnologias”, sinalizou.
Na segunda parte da palestra, os representantes das seguradoras falaram sobre o corretor do futuro.
André Lauzana, vice-presidente comercial da SulAmérica, disse que as pessoas são mais importante que a tecnologia e não pode esquecer isso. “São pessoas que criam tecnologia. Nós, seguradores e corretores, temos obsessão pelo cliente. Queremos que eles se sintam bem com nossos produtos”, disse ele. O executivo afirmou que o corretor é importante porque ele vê está na rua vendo e entendendo a mudança de comportamento. “Temos que entender a necessidade dos clientes e com uso da tecnologia ofertar valor, conveniência e serviço. Não podemos nos apaixonar pela tecnologia como fim. Ela é um meio”, definiu.
O executivo definiu o corretor do futuro como o profissional que precisa entender a necessidade dos segurados e apresentar ofertas completas (ser consultor), fazer cross sell de vendas e fazer gestão da carteira de clientes com prestação de serviços. Ele destacou que a relação entre as pessoas nunca vai sumir. “Nosso pedido é que eu os corretores continuem a acompanhar a evolução tecnológica”.
Já Wilson Leal, Diretor de Tecnologia da Tokio Marine Seguradora, disse que o sistema está ficando cada vez mais complexo. “São 91 mil corretores, 118 seguradoras e 16 resseguradoras. O que esperamos de uma insurtech é que ela ajude os corretores e seguradoras a difundir a compreensão e o entendimento do seguro na sociedade”, relatou.
Ele disse ainda que as insurtechs devem ajudar a desenvolver mecanismos de automação dos processos entre corretoras e seguradoras reduzindo o trabalho operacional aumentando qualidade e agilidade.
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