Cultura da Paz influencia na produtividade da empresa, diz especialista
Para o pesquisador e presidente do Instituto RePacificar, Akira Ninomiya, a implantação de um ambiente de pacificação, se bem conduzida, proporciona um amadurecimento e qualidade nas relações humanas, gerando, consequentemente maior desempenho organizacional
Ofensas nas redes sociais a determinados grupos sociais, étnicos e políticos; amizades e relacionamentos familiares desfeitos por divergências político-ideológicas; posições extremistas que levam as pessoas a ficarem com os ânimos à flor da pele e até cometerem atos de violência. Atualmente, não só o Brasil, mas o mundo como um todo, vive uma forte onda de radicalismo e intolerância, por falta do cultivo de uma cultura de paz. E isso, segundo muitos especialistas, afeta efetivamente o dia a dia das pessoas, seja em casa, na escola ou trabalho.
Para o pesquisador, consultor e presidente do Instituto RePacificar, Akira Ninomiya, a implantação de uma cultura de paz, se bem conduzida numa empresa, proporciona um amadurecimento e qualidade nas relações humanas, gerando, consequentemente, aumento de produtividade. “Pode-se chegar a um aumento entre 30% e 40% no desempenho organizacional”, afirma o consultor, que ao lado Maria Sônia França, uma das coordenadoras da Associação Mahatma Gandhi, participará de um café da manhã temático, na sede da Consciente Construtora e Incorporadora, no Setor Bueno em Goiânia. O evento é alusivo ao Dia Internacional da Paz, celebrado na próxima sexta-feira (21). A programação do evento também inclui uma apresentação musical de uma das colaboradoras da empresa que vai cantar algumas canções.
Para a ocasião, os colaboradores da empresa foram convidados a irem de branco. Também em referência à data, todos os anos a Consciente coloca a bandeira da paz em cada uma de suas obras, durante todo o mês de setembro.
O objetivo destas ações, segundo o coordenador de responsabilidade social da Consciente, Felipe Inácio Alvarenga, é levar os integrantes da empresa à reflexão sobre o assunto. “Nós vivemos em um mundo onde a falta de paz é muito grande. A falta de amor e respeito ao próximo é algo muito nocivo. E nós da Consciente consideramos importante zelar pela harmonia entre as pessoas”, diz.
Valores da paz
Segundo Akira Ninomiya, as pessoas e as empresas precisam ter a compreensão dos fatores que geram conflitos e desenvolver habilidades e ações para superá-los. “Às vezes, as pessoas têm um olhar distorcido sobre a cultura de paz, entendendo como sendo a ausência de conflitos. Mas ela traz, na verdade, o desenvolvimento emocional para lidar com essas situações”, explica o consultor e pesquisador.
Maria Sônia França, da Associação Mahatma Gandhi, também defende que a cultura de paz pode contribuir para um ambiente mais saudável nas corporações. “Quando há a conscientização sobre a paz, há também uma mudança de comportamento e os relacionamentos se tornam mais solidários e fraternos”, avalia.
A atual situação no País, de acirramento e radicalização dos debates políticos-ideológicos é reflexo, segundo Sônia, de uma história marcada por várias formas de violência como a escravidão, a repressão social contra as mulheres por meio do machismo, o desrespeito a direitos básicos, como alimentação, saúde e educação. “Pouco se fala em valores humanos e com o tempo eles vão se tornando cada vez mais distantes de uma cultura que possa nos tornar mais pacíficos e com convivências mais harmoniosas”, afirma.
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