Tecnologia transformada em serviços
A partir de dados que possibilitam antecipar demandas no gerenciamento e na mitigação de riscos
Por Karin Fuchs
Cada vez mais, a tecnologia será aplicada no gerenciamento de risco e no desenvolvimento de serviços antecipando demandas. Nas palavras de Jean-Pierre Krause, Global Head of Risk Engineering da Zurich, “nós estamos em um momento de mudar os paradigmas no setor de seguros”.
Segundo ele, “todos achavam que a transferência de risco era o mais importante e, ao invés de somente vender apólices, é preciso buscar uma forma de oferecer serviços de forma antecipada, prevendo o que pode acontecer”, afirmou, durante a sua apresentação no evento Improve, realizado pela Zurich Seguros, ontem, 14 de agosto, em São Paulo.
E a tecnologia é uma aliada nesse sentido, por fornecer muitos dados que podem ser transformados em serviços para, por exemplo, a proteção de pessoas, monitoramento de riscos, produção de alertas para interagir antes que algo aconteça (sinistro) e, caso aconteça, que haja ferramentas adequadas para mitigar os riscos.
Para exemplificar, Krause mencionou o uso da internet das coisas em algumas situações, por meio de sensores e conexões, capazes de coletar e transmitir dados. “No Marine, a internet das coisas permite o acompanhamento da carga transportada por contêiner com a sua exata localização. No Brasil, o crime organizado é forte e isso seria mais um passo para coibi-lo”.
Na construção civil, na redução de acidentes. “No canteiro de obra há uma forte correlação entre acidentes entre os trabalhadores que bebem pouca água. Com a internet das coisas é possível acompanhar se eles estão desidratados e, se necessário, interferir para que seja feito um intervalo”.
Com relação à telemática (comunicação à distância de um ou um conjunto de serviços informáticos fornecidos através de uma rede de telecomunicações), ele citou a sua aplicação em operações de frotas, gerando redução de custos com combustível e acidentes. “Monitorar frequentemente gera muitos dados, porém, é preciso ter ferramentas analíticas para análises e definição de estratégias”.
No Brasil, Krause comentou que a Zurich tem algumas iniciativas no sentido de colaboração remota, aplicativos que são úteis para o cliente e para o corretor, e ações para melhorar os riscos. “E nós estamos trabalhando para trazer mais coisas. Nós temos soluções globais que, se houver disponibilidade e interesse, podemos trazer para o país a qualquer momento”.
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