A falta de mão de obra talvez exija mais robôs
Há uma crença generalizada no sentido de que robôs destroem postos de trabalho. Analisando a situação atual da China, é possível enxergar o assunto de outra forma e também refletir sobre possíveis impactos no Brasil.
Entre 2014 e 2015, a China atingiu o pico em termos de população em idade de trabalho, a partir daí a tendência é que esse segmento da população venha a perder cerca de dois ou três milhões de trabalhadores ao ano. Vamos aos
Essa queda na força de trabalho é um dos maiores desafios da China no longo prazo. Até não muito tempo atrás, a economia chinesa era vista como tendo um aparentemente inesgotável suprimento de mão de obra, que permitiu a sua economia crescer muito rapidamente.
Nota-se, naquele país, uma queda do nível de emprego em setores secundários da economia, tais como manufatura e construção – a queda é também da ordem de dois a três milhões de vagas por ano. Em compensação, há aumento de oportunidades no setor de serviços, aumento esse da ordem de 10 a 15 milhões de postos ao ano.
Há também uma elevação dos salários: na indústria têxtil, por exemplo, os salários quadruplicaram entre 2006 e 2015, chegando à média de US$ 3,30 por hora – no Vietnã, este valor está em US$ 1,90. Na indústria como um todo, em 2016, o salário médio na China era US$ 3,60, contra US$ 2,70 no Brasil.
mercado americano, contra 39% na atualidade; já a participação do Vietnã nesse mercado foi de 8% para 16% no mesmo período.Essas alterações têm levado a China a perder competitividade na produção de bens que exigem muita mão de obra – na área de roupas e calçados esportivos, a China tinha 48% do
rnativas à China: investir em máquinas e equipamentos que venham a substituir o uso intensivo de mão de obra ou então mover-se para indústrias em que os custos de mão de obra não sejam relevantes. Qualquer que seja a alternativa escolhida, serão necessários investimentos significativos em automação industrial, em robôs, especialmente.Dado esse cenário, apresentam-se duas alte
Como a evolução demográfica no Brasil pode seguir trajetória similar, vale a pena, como dissemos, refletir acerca do assunto.
O especialista está disponível para comentar o assunto. Para acioná-lo, basta encaminhar a solicitação para o e-mail: .
(*) Vivaldo José Breternitz, doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
(**) Antônio César Galhardi, doutor em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas, é professor do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza
Sobre o Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie está entre as 100 melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>