A norma é emitida para que haja uma adequação das demonstrações contábeis praticadas no mundo inteiro, buscando estabelecer um padrão entre as empresas. De acordo com o Ibracon (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil), ela entrará em vigor para facilitar os investidores e stakeholders quanto à comparabilidade e análise das informações. Na norma anterior de 2004, a qual será substituída pela IFRS 17, era permitida a contabilização dos contratos de seguros utilizando normas contabeis nacionais.

Guacir Bueno, presidente do SINDSEGRS, acredita que a IFRS "vai gerar modificações importantes nos resultados das empresas seguradoras no Brasil. Por isso, é necessário dialogar e se adequar da melhor forma possível". O auditório contou com membros das áreas técnicas das companhias. O evento promoveu uma tarde de aprendizado e preparação para os que estiveram presentes.

Segundo Flavia, o debate e a conversa com o mercado são importantes porque "vamos mudar completamente a contabilidade. É um novo conceito de contabilização de seguros". O prazo previsto para vigorar oficialmente a norma é 1 de janeiro de 2021 no exterior. No Brasil, a data é incerta. A aplicação antecipada é permitida. Para Flavia, "a mudança é tão grande que se não começarmos agora a pensar e conversar sobre isso, não conseguiremos atingir o prazo".