Três perguntas para Dirceu Rodrigues Alves, Diretor de Comunicação e de Medicina de Tráfego Ocupacional da Abramet
Formado em Medicina pela Unirio, com pós-graduação em Medicina Aeroespacial, Medicina do Trabalho e Medicina do Tráfego, Dirceu Rodrigues Alves é o atual Diretor de Comunicação e de Medicina de Tráfego Ocupacional da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e uma referência quando o assunto são os impactos que as situações cotidianas do trânsito podem ocasionar na saúde dos motoristas. Nessa entrevista, o médico fala sobre a relação da medicina com os acidentes de trânsito e as eventuais soluções para este cenário.
O que a medicina tem a ver com o trânsito? Qual é o papel da Abramet nesse sentido?
A relação entre a medicina e o trânsito é muito próxima e pode ser traduzida através da medicina do tráfego. Desde a chegada desse campo do saber ao Brasil, em 1980, a Abramet desenvolve um papel de disseminação de cultura em relação à mobilidade urbana, através da criação de estudos e diretrizes, como as que criaram a famosa Lei Seca e a chamada “Lei das Cadeirinhas”. Nosso objetivo é educar os profissionais de saúde e, assim, preservar vidas no trânsito.
Alguns estudos da Abramet falam sobre a alcoolemia como principal responsável pela ocorrência de acidentes. Quais os riscos da mistura álcool e direção?
O álcool é um depressor do sistema nervoso central e atua em três importantes funções do corpo que são utilizadas no momento da direção: a sensório-perceptiva, a motora, e a cognitiva. Com isso, ele altera significativamente a sensibilidade e a visão, fazendo com que a resposta do indivíduo fique cada vez mais lenta, o que representa um alto risco na direção.
Você considera o atual panorama do trânsito uma “verdadeira doença epidêmica, negligenciada pelas autoridades”. Qual seria a solução para esse cenário?
Primeiramente, é necessário destacar que a população, em geral, desconhece o risco que a mobilidade sobre rodas envolve. Independentemente do papel desempenhado como motorista, passageiro ou pedestre, não temos uma cultura sobre esse assunto. Penso que a educação no trânsito deve ser pauta desde a mais tenra idade, quando elementos básicos, tais como sinalização e até mesmo as leis da física (tendo como exemplo o sentido do vetor que faz capotar o carro e como a poluição repercute na vida dos indivíduos) devem ser ensinados. A mudança deve também acontecer nos Cursos de Formação de Condutores (CFCs), onde aspectos práticos, como saber manusear o veículo em caso de alterações climáticas, por exemplo, precisam estar presentes no conteúdo programático.
Para acessar o último artigo do Diretor de Comunicação e de Medicina de Tráfego Ocupacional da Abramet, Dr. Dirceu Rodrigues Alves, clique aqui. No site da Abramet também é possível encontrar mais artigos sobre as questões relacionadas à Medicina de Tráfego, além de dicas de segurança no trânsito. Clique aqui para acessar. http://www.abramet.com.br/
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>