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Tuberculose: novas diretrizes indicam a realização de testes em pessoas com doenças inflamatórias imunomediadas

  • Quinta, 15 Mai 2025 18:08
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Rodolfo Milone
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Crédito: Freepik

Disponíveis no SUS e na rede privada, testes como o IGRA identificam a tuberculose infecção, quando ainda não apresenta sintomas, e devem ser feitos por pacientes em tratamento imunossupressor

Considerada uma infecção séria e muitas vezes silenciosa em estágios iniciais, a tuberculose representa um risco significativo de rápida evolução às pessoas que vivem com doenças inflamatórias imunomediadas, como a artrite reumatoide, psoríase e doença de Crohn. Em virtude disso, novas recomendações brasileiras recentemente publicadas, passaram a orientar a realização de testes para detectar a presença da tuberculose infecção (antiga tuberculose latente) nesses pacientes, especialmente aos que estão em início ou seguem em tratamento com terapias imunossupressoras.

De acordo com Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN, testes como o IGRA, que identificam a tuberculose infecção, estão disponíveis no SUS e em redes de saúde privadas, e podem ser feitos com prioridade pelos grupos de risco, como é o caso das pessoas que vivem com as doenças inflamatórias imunomediadas.

“A infecção por tuberculose e sua progressão para a tuberculose ativa em pessoas com doenças inflamatórias imunomediadas é complexa, portanto, a detecção precoce é o melhor caminho para conter esse avanço e complicações aos pacientes ao permitir o tratamento imediato. Esses pacientes frequentemente recebem tratamentos imunossupressores, que reduzem a capacidade do sistema imunológico de combater infecções. Além disso, têm maior risco de reativação da tuberculose infecção, devido à imunossupressão. Por esses motivos, a presença da tuberculose deve ser sempre investigada”, explica o executivo.

O que dizem as novas recomendações

De acordo com as novas recomendações brasileiras para o manejo da infecção tuberculosa em doenças inflamatórias imunomediadas, todos os pacientes desse grupo de risco devem fazer o rastreio e tratamento da tuberculose antes de iniciar a imunossupressão, independentemente da doença e do medicamento a ser utilizado.

A partir de um teste PPD com resultado igual ou maior que 5 mm ou um teste IGRA positivo – ou ainda, aqueles que apresentarem sequelas pulmonares ou exposição

recente à tuberculose – a infecção deve ser diagnosticada e tratada. Ambos os testes podem ser utilizados para o diagnóstico, exceto em pacientes vacinados com BCG nos dois anos anteriores ao início da imunossupressão; nesses casos, deve ser feito o teste IGRA preferencialmente.

Ainda segundo as novas diretrizes, os testes devem também ser repetidos anualmente, nos primeiros três anos de tratamento imunossupressor. A partir de resultados indeterminados ou inconclusivos, ainda que feitos mais de uma vez, o tratamento preventivo da tuberculose deve ser considerado.

Para que fossem traçadas as novas recomendações, 42 especialistas em tuberculose e doenças inflamatórias imunomediadas participaram do estudo, cujo principal objetivo foi contribuir para melhorar o manejo da tuberculose infecção nesses pacientes, considerando riscos epidemiológicos, características da pessoa e acesso a recursos de saúde. A utilização de testes como o teste tuberculínico e o IGRA facilitam o diagnóstico da infecção, permitindo decisões baseadas em informações mais precisas sobre o tratamento preventivo e prevenção de complicações.

Como é feito o teste IGRA

Para realizar o teste IGRA do SUS, disponível também em unidades de saúde privada, o sangue do paciente é coletado e levado para análises laboratoriais que levam até 24h para dar o resultado, com alto potencial de precisão.

“O teste IGRA apresenta um diagnóstico rápido e seguro, com a precisão de testes laboratoriais, e não requer uma análise clínica do paciente após sua realização, como acontece com o PPD. A partir de um resultado positivo, o paciente já pode ser direcionado para o tratamento, a ser feito pelo próprio SUS, com medicamentos e duração variáveis, compatíveis com a fase e a gravidade em que a doença foi diagnosticada”, conclui o executivo da QIAGEN.


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