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Campanha chama a atenção para doenças crônicas

  • Segunda, 24 Fevereiro 2025 18:28
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Cristina Sório
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Fevereiro Roxo_imagem Freepik

Fibromialgia, lúpus e Alzheimer integram o “Fevereiro Roxo”

O segundo mês do ano é dedicado à campanha de conscientização de doenças crônicas. Intitulada “Fevereiro Roxo”, a iniciativa visa alertar a população sobre a necessidade de tratamento precoce para fibromialgia, lúpus e Alzheimer.

A médica reumatologista Dra. Laís Zanlorenzi, do Hospital VITA, destaca a importância da conscientização sobre duas doenças reumatológicas que impactam significativamente a qualidade de vida dos pacientes: a fibromialgia e o lúpus eritematoso sistêmico (LES).

A reumatologista explica que o lúpus é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, em que o sistema imunológico, em vez de proteger o organismo, ataca os próprios tecidos. O problema acomete predominantemente mulheres, com maior prevalência entre mestiças e afrodescendentes. Segundo a médica, estima-se que cerca de uma em cada 1.700 mulheres seja diagnosticada com a doença, principalmente entre 20 e 45 anos.

A Dra. Laís relata que a condição pode se manifestar de duas formas: cutânea, quando se restringe à pele, e sistêmica, quando pode comprometer diversos órgãos e tecidos. Já entre os sintomas, ela lista que os mais comuns são lesões cutâneas, especialmente nas áreas expostas ao sol, feridas na boca, queda acentuada de cabelo, dores articulares, urina espumosa, inchaço, manifestações neurológicas, acúmulo de líquido ao redor do coração (pericardite) e dos pulmões (pleurite), além de alterações no sangue, como anemia e redução das plaquetas e dos glóbulos brancos.

“O tratamento de lúpus envolve tanto medidas farmacológicas, prescritas pelo reumatologista, quanto estratégias não medicamentosas, como o uso diário de protetor solar, manutenção do peso adequado, abandono do tabagismo, alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos”, aponta a Dra. Laís.

Já a fibromialgia, por sua vez, é uma síndrome de dor crônica que afeta aproximadamente 2,5% da população mundial, sendo mais prevalente em mulheres entre 30 e 50 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade. “Caracteriza-se por dor muscular generalizada por pelo menos três meses, associada a sono não reparador, fadiga intensa, alterações de humor (como ansiedade e depressão) e dificuldades de concentração e memória, classifica a reumatologista.

Quanto ao diagnóstico, a especialista esclarece que é essencialmente clínico, pois não há exames específicos para detectar a fibromialgia. O papel do reumatologista é excluir outras doenças que possam causar sintomas semelhantes. O tratamento inclui a educação do paciente sobre a condição, a prática de exercícios aeróbicos regulares (como caminhada, corrida, ciclismo e natação) e o uso de medicamentos para auxiliar no controle dos sintomas. “Apesar do impacto significativo na qualidade de vida, a fibromialgia não causa danos estruturais permanentes ao organismo”, destaca a médica.

“A conscientização sobre o lúpus e a fibromialgia é fundamental para um diagnóstico precoce e um manejo adequado, proporcionando melhor qualidade de vida aos pacientes”, ressalta a reumatologista. De acordo com ela, ambas as condições exigem acompanhamento médico especializado e adesão ao tratamento para minimizar os sintomas e prevenir complicações. “Durante o ‘Fevereiro Roxo’, reforçamos a importância da informação e do apoio às pessoas que convivem com essas doenças, promovendo mais compreensão, acolhimento e esperança”, destaca a Dra. Laís.

Quanto ao Alzheimer, a neurologista Dra. Ester London, chefe do serviço de Neurologia do Hospital VITA Batel, explica que trata-se de um transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta por deterioração cognitiva e da memória, comprometendo as atividades cotidianas e provocando alterações comportamentais.

O problema ocorre mais em mulheres do que em homens, em parte devido às mulheres viverem mais. “Acomete mais pessoas idosas, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência na população com mais de 65 anos. É rara a existência em pessoas abaixo dessa faixa etária”, enfatiza a médica.

A causa do Alzheimer é desconhecida, acredita-se que seja geneticamente determinada, pois cerca de 5 a 15% dos casos ocorrem em pessoas com antecedentes familiares. Podem estar envolvidas diversas anormalidades genéticas específicas, algumas podem ser herdadas apenas quando um dos pais tem o gene anormal.

Além disso, a médica explica que fatores de risco como diabetes, hipertensão arterial, níveis elevados de colesterol e tabagismo, podem aumentar a incidência de Alzheimer. “O tratamento desses fatores de risco já na meia-idade pode reduzir o risco de declínio mental em idade mais avançada”, acrescenta a Dra. Ester.

Quanto aos sintomas, a neurologista explica que se desenvolvem gradualmente, geralmente começam de forma sutil. São eles:

– falta de memória para acontecimentos recentes;
– repetição da mesma pergunta várias vezes;
– dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;
– incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
– dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
– dificuldade para encontrar palavras que exprimem ideias ou sentimentos pessoais;
– irritabilidade, desconfiança injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

“O Alzheimer ainda não tem cura, o objetivo do tratamento é adiar a evolução da doença e preservar por mais tempo possível as funções intelectuais do paciente. Os melhores resultados são obtidos quando o tratamento é iniciado nas fases mais precoces”, adverte a médica.

A Dra. Ester ressalta que a doença também não possui uma forma de prevenção específica, no entanto acredita-se que manter a cabeça ativa, uma boa vida social e ter bons hábitos. “Estudar, ler, pensar, manter a mente sempre ativa, praticar exercícios de aritmética e jogos inteligentes, realizar atividades em grupo, não fumar, evitar ingerir bebida alcoólica, ter uma alimentação saudável e regrada, e praticar atividades físicas regulares são algumas dicas”, aconselha a neurologista.

Sobre o Hospital VITA - A primeira unidade da Rede VITA no Paraná foi inaugurada em março de 1996, no Bairro Alto, e a segunda em dezembro de 2004, no Batel. O VITA foi o primeiro hospital brasileiro a conquistar, no início de 2008, a Acreditação Internacional Canadense CCHSA (Canadian Council on Health Services Accreditation). A certificação de serviços de saúde avalia a excelência em gestão e, principalmente, a assistência segura ao paciente. Além disso, o VITA é um dos hospitais multiplicadores do Programa Brasileiro de Segurança do Paciente (PBSP), que visa disseminar e criar melhorias inovadoras de qualidade e segurança do paciente. Integra também o grupo de hospitais da Associação Nacional de Hospitais Privados - ANAHP. O VITA oferece atendimento 24 horas e é referência nas áreas de cardiologia, cirurgia geral, neurologia, cirurgia bariátrica, medicina de urgência, urologia, terapia intensiva e traumato-ortopedia. Além disso, dispõe de um completo serviço de medicina esportiva, prestando atendimento a atletas de diversas modalidades; serviço de oncologia; Centro Médico e Centro de Diagnósticos. Para garantir um alto nível de qualidade nos serviços prestados aos pacientes, o VITA tem investido em ampliação da infraestrutura, tratamentos com equipes multidisciplinares, modernização dos equipamentos, humanização no atendimento, qualificação dos profissionais e segurança assistencial.


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