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Pandemia de Covid-19 gera fobias sociais ao diminuir interação com outras pessoas

  • Sexta, 21 Janeiro 2022 11:00
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Especialista da Rede São Camilo SP explica o porquê de a ressocialização pós-pandemia ser mais difícil

O isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, com exceção às pessoas que trabalham em serviços essenciais, obrigou grande parte da sociedade a ficar dentro de casa até o início da vacinação e a liberação dos espaços públicos.

“O trabalho, estudo e até as conversas com os amigos e familiares se tornaram online durante o período mais crítico da pandemia. Agora que estamos em um momento de flexibilização para o retorno das atividades presenciais, por conta do avanço da vacinação, será comum que as pessoas se sintam receosas em voltar à rotina pré-pandemia”, destaca a Dra. Aline Sabino, psiquiatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Em 2020, Humberto, 30 anos, recebeu o diagnóstico de depressão e ansiedade e não imaginava que a pandemia poderia ser tão devastadora. “Meu antigo trabalho demandava muito de mim e, consequentemente, da minha saúde mental, desenvolvendo quadros de depressão e ansiedade. Quando fui desligado por conta da pandemia, achei que fosse melhorar, mas os sintomas evoluíram para crise de pânico. Eu não queria sair por nada”, relata.

Segundo um estudo publicado pela revista científica Psychiatry Research sobre os impactos da Covid-19 na saúde mental da população mundial, a incidência de ansiedade e depressão foi, respectivamente, quatro e três vezes mais frequente quando comparada aos dados levantados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nos últimos anos.

No Brasil, um estudo da Universidade de São Paulo (USP) mostra que o país lidera o ranking de depressão e ansiedade causadas pela pandemia. Conforme a pesquisa, 63% e 59% dos brasileiros maiores de 18 anos apresentaram relatos de ansiedade e sintomas de depressão, respectivamente. Além disso, dados do Congresso Brasileiro de Psiquiatria indicam que as fobias sociais atingiram cerca de 13% da população brasileira.

“Os traumas vividos durante este período desencadearam desconfortos, como repulsa ao ambiente e sensação de ameaça constante, relacionados à contaminação pelo vírus, além de sintomas semelhantes aos de crises de pânico e ansiedade”, explica a especialista.

Ademais, outra condição percebida pela médica é o desenvolvimento do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), relacionado ao estímulo de limpeza, e a dificuldade de crianças e adolescentes de se relacionarem com colegas e familiares.

“Não sabemos exatamente até que ponto a pandemia e o distanciamento irão afetar as crianças e adolescentes, mas será mais comum identificarmos o receio deles em estarem em um ambiente diferente ou realizarem atividades fora de casa”, ressalta Dra. Aline.

Por fim, caso as crises de ansiedade tornem-se frequentes, a especialista recomenda a procura de ajuda profissional, para que não evoluam para quadros mais graves e prejudiquem a qualidade de vida.

“O mais difícil é aceitar que estamos mal e que precisamos procurar ajuda, principalmente em casos de depressão. O tratamento me salvou de todas as formas possíveis, inclusive de tentativas de suicídio. Por isso, no mínimo sinal de que algo está errado, procure um profissional e siga o tratamento indicado por ele, seja alinhado com terapia ou com uso de medicamentos, pois, às vezes, o acúmulo de dias ruins tira o que ainda temos pela frente”, finaliza Humberto.

Janeiro Branco

Como forma de ampliar a discussão e conscientizar a população sobre a importância de cuidar da saúde mental, principalmente no cenário em que vivemos, a Rede São Camilo SP apoia a campanha Janeiro Branco. Além de iluminar suas fachadas durante todo o mês, a Instituição reforça sua comunicação interna e externa para os cuidados com o tema.

Para seus colaboradores, a Rede oferece atendimento com especialistas em saúde mental nas suas três Unidades (Santana, Pompeia e Ipiranga), permitindo consultas e exames em um único local.

Além disso, no intuito de atender às necessidades dos colaboradores e oferecer o suporte necessário para ampliar o bem-estar e a qualidade de vida, a Instituição adotou inúmeras iniciativas, como a implantação do programa educacional Diálogos da Saúde Mental, realizado com psicólogos, lideranças e colaboradores do São Camilo, investindo também em parcerias que ampliaram a importância do tema para cada área dos hospitais.

Através dos programas e da parceria com o curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo para a ampliação de atendimento e estágios, foi possível, ainda, expandir os meios para buscar ajuda, deixando os colaboradores à vontade para acessar o time de suporte em caso de qualquer necessidade relacionada a questões de saúde mental.

Também há um trabalho de triagem realizado pela equipe de psicólogos, que direcionam os casos ao Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) e ao pronto atendimento psiquiátrico.

Sobre a Rede de Hospitais São Camilo

Especializada na assistência em saúde baseada em valor, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo conta com 6 unidades, que prestam atendimentos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade e transplantes de medula óssea. São 3 unidades de hospital geral, 1 especializada em oncologia e 2 em reabilitação e cuidados paliativos. A Rede conta também com um Núcleo de Pesquisa Clínica que é referência no país, sendo considerado Top Recruitment - o maior recrutador de pacientes com mais de 40 estudos patrocinados na área de Oncologia.

Os hospitais privados da Rede subsidiam as atividades de cerca de 40 unidades administradas pela Sociedade Beneficente São Camilo e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 Estados brasileiros.

No Brasil desde 1922, a Sociedade Beneficente São Camilo, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, foi fundada por Camilo de Lellis e conta, ainda, com 25 centros de educação, dois colégios e dois centros universitários.


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