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Deficiência de ferro no organismo é coisa séria

  • Terça, 23 Novembro 2021 10:04
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Carla Espino
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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* Dr. Hélio Osmo

O ferro é um mineral vital para quase todos os organismos. Ele faz parte da hemoglobina que fica na hemácia e é a proteína que transporta o oxigênio pela corrente sanguínea. Isso significa dizer que quando uma pessoa tem deficiência de ferro, ou um quadro anêmico, as células do corpo recebem menos oxigênio do que deveriam, impactando a saúde e o bem-estar.

Para suprir os efeitos dessa falta de oxigênio, o corpo humano tenta fazer ajustes provocando sintomas como taquicardia, sonolência e cansaço excessivo, além de dores de cabeça e nas pernas. Muitas pessoas apresentam, ainda, queda de cabelo e unhas quebradiças. Se a taxa de hemoglobina estiver abaixo de 10 g/dL, já há deficiência de ferro. E quando os estoques de ferro começam a ficar esgotados e o corpo não consegue mais produzir hemácias, a anemia se instala.

A absorção do ferro pelas células do intestino requer uma grande quantidade de energia porque a molécula é muito grande. Outro ponto é que apesar desse metal ser fundamental para o processo de oxigenação das células do organismo, ele também é tóxico e só pode circular pelo corpo carregado por proteínas específicas, como a transferrina. Isso para não correr o risco de se depositar nos tecidos.

O ferro é obtido pela alimentação e é tão importante para o nosso organismo quanto o cálcio, tanto que adquirimos a capacidade de estocar o mineral nos músculos e em órgãos como o baço e o fígado, por meio da associação com uma outra proteína chamada ferritina. E é graças a esse estoque, que leva um tempo para uma pessoa desenvolver anemia. Já a deficiência de ferro é muito comum, principalmente na infância, em mulheres em idade fértil, por causa dos distúrbios menstruais, e em processos inflamatórios intensos, como os que ocorrem nos casos graves da Covid-19.

A hiper menstruação é uma das principais causas de anemia em mulheres. Um ciclo que ultrapassa quatro dias provoca uma perda excessiva de sangue, gerando queda no estoque de ferro. As gestantes também sofrem com o problema já que o feto tem prioridade na absorção do mineral, o que debilita o organismo da futura mamãe. Nas crianças, os vilões são os refrigerantes e doces que prejudicam a alimentação e, consequentemente, a absorção de ferro. Na idade escolar, a prevalência de anemia chega a ser de 50%.

Já nos processos inflamatórios intensos, o que ocorre é a liberação de hepcidina, substância que tem papel importante no metabolismo, funcionando como uma espécie de “regulador” da taxa de ferro no organismo. A hepcidina é um hormônio produzido no fígado que exerce sua função por meio da ligação à ferroportina, proteína presente na membrana de macrófagos, enterócitos e hepatócitos, células responsáveis pelo sistema imune e pela absorção dos alimentos. Só que em grande quantidade, a hepcidina inibe a absorção do ferro.

A suplementação de ferro pode e deve ser indicada sempre que for identificada queda na taxa de ferritina, mas sabemos que a adesão ao tratamento nem sempre é fácil. O gosto metálico e a irritação gastrointestinal, efeitos colaterais da maioria dos suplementos mais tradicionais, e que afetam ainda mais as grávidas, que já sofrem com azia, são alguns dos entraves.

Uma alternativa é o uso de ferro sucrossomal que tem tecnologia mais moderna e, por isso, maior tolerabilidade, protegendo a mucosa intestinal da ação oxidante do mineral e evitando o gosto desagradável na boca. Ele também garante maior biodisponibilidade no organismo porque suas moléculas são menores, o que facilita a absorção pelo intestino.

O ferro é vital para as células e indispensável no processo de respiração. O seu déficit provoca anemia e o seu o excesso é tóxico, provocando danos ao fígado, coração e pâncreas. Uma alimentação balanceada, com proteínas como carnes e peixes, cereais, frutas e verduras escuras (brócolis, couve, espinafre), é essencial para combater o problema. Mas a suplementação deve ser levada em consideração para elevar os níveis ferro o quanto antes, restabelecendo a boa oxigenação do corpo e elevando a qualidade de vida.

* Dr. Hélio Osmo, cardiologista especializado em nutrição clínica, é presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica e gerente executivo da área médica da Farmacêutica Zambon.


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