Outubro Rosa: você está com seu exame em dia?
Outubro chegou e com ele a lembrança da importância do cuidado com as mamas. Em 2020, mais de 2,3 milhões de mulheres no mundo descobriram que estavam com câncer de mama. No Brasil, esse é o tipo de tumor que mais acomete a população feminina e o que mais mata (18 mil casos apenas em 2019). Em contrapartida, quase 25% das brasileiras entre 50 e 69 anos nunca fizeram um exame de rastreio da doença.
As possibilidades de exames de rastreio são grandes, e devem ser estudadas por cada mulher junto ao seu médico, levando em consideração o histórico da paciente e fatores de risco como a idade. Confira abaixo alguns exames dos disponíveis:
Mamografia digital: principal método para diagnóstico precoce do câncer de mama. “Funciona como uma radiografia da mama e identifica lesões mesmo muito pequenas, inclusive aquelas não palpáveis, que podem passar desapercebidas pelo exame clínico”, explica Marcela Balaro, médica coordenadora de Imagem Mamária do Richet Medicina e Diagnóstico, especializada em Radiologia no Instituto Nacional do Câncer (INCA). O equipamento possui detectores extremamente sensíveis, por isso utiliza radiação de baixa energia.
Tomossíntese mamária: também conhecida como Mamografia 3D, é a técnica de imagem mais avançada e detalhada do que a mamografia tradicional. Permite a visualização de várias camadas da mama em uma imagem 3D, preenchendo as lacunas que as mamografias tradicionais têm. Realiza uma sequência de imagens de raios-x, como em um filme tridimensional. “Essa imagem de altíssima qualidade facilita a detecção de lesões, mesmo em mamas mais densas”, ressalta Marcela. Por isso, o exame é especialmente recomendado para mulheres mais jovens. Além disso, utilizando um software chamado C-View, que gera as imagens 2D a partir do conjunto de dados 3D, o exame “tem como vantagem uma menor exposição à radiação, uma vez que pela qualidade da imagem reduz o número de reconvocações para contraprovas”, continua.
Ultrassonografia das mamas: ferramenta complementar à mamografia e à tomossíntese, principalmente no caso de pacientes com mamas densas. Não utiliza radiação. “Através deste exame é possível diferenciar nódulos sólidos de cistos. Muito utilizada para melhor avaliação de nódulos palpáveis em mulheres jovens”, explica Marcela Balaro.
Sequenciamento genético BRCA1 e BRCA2: indicado apenas em situações especiais de maior risco, esse exame identifica mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que ocorrem em apenas 0,1% da população em geral e são encontradas em 5% a 10% de todos os casos de câncer de mama.
Ressonância Magnética das Mamas: exame especialmente indicado para o diagnóstico precoce nas mulheres consideradas de alto risco, como aquelas que apresentam mutações genéticas, BRCA1 ou BRCA2. “Por ser um exame de maior sensibilidade, detecta tumores que a mamografia e a ultrassonografia não conseguem, além de auxiliar no diagnóstico de lesões inconclusivas ou quando a biópsia é muito difícil”, destaca Balaro. Também pode ser indicada para mulheres com próteses de silicone, avaliações das quimioterapias pré-operatórias, alguns casos para estabelecer o estágio do câncer e diagnóstico de recorrência no local. Além disso, é útil para pesquisa de tumor na mama em pacientes com metástases sem um tumor primário conhecido.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>