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Mitos e verdades sobre o tímpano perfurado

  • Quarta, 17 Março 2021 10:26
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Thassio Borges
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Condição tem diversas causas e o diagnóstico tardio pode provocar sequelas irreversíveis

Cerca de 150 mil brasileiros apresentam o tímpano perfurado anualmente no País. A perfuração timpânica, que pode gerar dor e desconforto intensos, tem diversas causas possíveis. Independente da origem, no entanto, recomenda-se a busca por auxílio médico imediato, já que o atraso no diagnóstico e no tratamento pode resultar em prejuízos à audição.

Ainda cercada de desconhecimento, a perfuração do tímpano pode ocorrer em qualquer idade, por fatores internos ou externos à pessoa.

Confira a seguir os mitos e verdades associados ao problema, com respostas elaboradas pela otorrinolaringologista Marcéli Nicole Peixoto Paiva, do Hospital Paulista.

O tímpano só pode ser perfurado através de traumas – MITO

As perfurações timpânicas podem ocorrer de maneira traumática, mas não é a única forma. O problema também pode ser gerado de maneira espontânea, devido a otites médias, que são inflamações na região do ouvido que ficam por dentro do tímpano.

Essas inflamações podem ser agudas, ou seja, de curta duração, geralmente secundárias a infecções de vias aéreas superiores (como gripes e resfriados), ou podem ser crônicas, ou seja, de longa duração, que geram quadros de otite persistente e podem ter várias causas.

O tímpano pode ser perfurado devido à pressão externa – VERDADE

Trata-se de um mecanismo de trauma menos comum, conhecido como barotrauma, que se dá quando existe uma diferença de pressão no ouvido em relação ao meio externo. Isso costuma acontecer durante voos de avião e mergulhos em profundidade, ou quando a pessoa assoa o nariz de maneira muito intensa, transmitindo pressão do nariz para o ouvido, também podendo gerar perfurações em casos mais extremos.

Uso de hastes flexíveis e agressões podem perfurar o tímpano – VERDADE

As perfurações timpânicas podem ocorrer de maneira traumática, seja devido à introdução de objetos no ouvido, como hastes flexíveis, ou devido a traumas na região craniana, como por acidentes ou agressão física.

Para prevenir essas perfurações timpânicas traumáticas, deve-se principalmente evitar a introdução de objetos dentro do canal auditivo, principalmente hastes flexíveis, geralmente utilizadas em bebês e crianças, que podem causar diversos problemas, além de perfuração do tímpano.

Remédios caseiros são suficientes em casos de dor de ouvido e otites – MITO

Embora não seja a forma mais comum, o tímpano pode ser perfurado em decorrência de quadros prolongados e/ou não tratados de inflamações nos ouvidos. Ao notar sintomas como dor de ouvido ou secreção na região, a pessoa deve buscar auxílio médico imediatamente. Isso permitirá que a inflamação seja tratada, evitando que evolua para uma perfuração ou outras complicações.

O tímpano perfurado sempre precisará de cirurgia para ser recuperado - MITO

A maioria das perfurações timpânicas, sejam elas de causa traumática ou secundária a otites, costuma cicatrizar e fechar de maneira espontânea após alguns dias ou semanas. Portanto, a maioria dos casos não necessita de tratamento cirúrgico, caso sejam tomados os cuidados adequados.

Caso não haja essa resolução de maneira espontânea após alguns meses, pode-se lançar mão da cirurgia, a timpanoplastia. Os casos que mais costumam precisar de tratamento cirúrgico são os crônicos, em que geralmente há um processo inflamatório persistente ou outras doenças associadas, que, na maioria das vezes, não cessam apenas com tratamento clínico.

Em algumas situações, pode ser necessário tratamento associado, como uso de antibióticos orais ou gotas otológicas, mas ele deve ser individualizado para cada caso, com a medicação correta indicada pelo médico otorrinolaringologista.

O tímpano perfurado pode gerar sequelas - VERDADE

As sequelas geralmente são decorrentes da perda auditiva associada às perfurações, seja pelo prejuízo na condução sonora no aparelho auditivo, seja pela lesão gerada ao órgão auditivo. Costumam ocorrer sintomas como perda de audição no ouvido afetado e zumbido. Tais sintomas podem ou não ser reversíveis, mesmo após o tratamento da causa de base.

A perfuração do tímpano gera apenas o sintoma de dor aguda na região - MITO

As perfurações traumáticas costumam evoluir com dor imediata e sangramento, assim como dificuldade para escutar pelo ouvido afetado, sensação de abafamento e zumbido. Tontura e vertigem também são comumente associadas a esses quadros.

Nos casos de perfuração secundária a otites médias, geralmente ocorre a saída de um líquido do ouvido que pode ser amarelado, purulento ou sanguinolento, após alguns dias de dor de ouvido. Essa situação pode ser agravada pela entrada de água no ouvido e também costuma envolver perda de audição de longa data.

Em quaisquer desses casos, deve-se procurar auxílio médico o mais rápido possível, sobretudo nos casos em que há sinais de gravidade, como dor intensa, febre, perda de audição súbita, traumatismo associado e tontura.

Diagnóstico e tratamento do tímpano perfurado devem ser feitos o quanto antes - VERDADE

Em todas as causas de perfuração timpânica, devem ser realizados o diagnóstico e o tratamento de maneira breve, a fim de prevenir a perda auditiva e outras complicações associadas, como paralisia da musculatura facial e infecção de sistema nervoso central (meningites e abscessos cerebrais).

Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, possui mais de 40 anos de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.

Em localização privilegiada, a 300 metros da estação Hospital São Paulo (linha 5-Lilás) e a 800 metros da estação Santa Cruz (linha 1-Azul/linha 5-Lilás), possui 42 leitos, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 10 salas cirúrgicas, realizando em média, mensalmente, 500 cirurgias, 7.500 consultas no ambulatório e pronto-socorro e, aproximadamente, 1.500 exames especializados.

Referência em seu segmento e com alta resolutividade, conta com um completo Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrinolaringologia, assim como um Ambulatório de Olfato e Paladar, especializado no diagnóstico e tratamento de pacientes com perda total ou parcial dos sentidos. Dispõe de profissionais de alta capacidade oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.


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