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Aumento do estresse durante isolamento social pode piorar quadros de psoríase

Aumento do estresse durante isolamento social pode piorar quadros de psoríase

Caracterizada pelo surgimento de placas avermelhadas e descamativas na pele, doença genética e autoimune possui como um dos principais agravantes o estresse, que tem afetado grande parte das pessoas durante o isolamento social provocado pela pandemia do COVID-19.

Devido à pandemia do Coronavírus, estamos passando por um período de isolamento social com diversas mudanças em nossos hábitos rotineiros, o que pode causar grande estresse. E o estresse é extremamente prejudicial ao organismo, pois afeta diretamente o sistema imunológico e a saúde da pele, favorecendo assim o surgimento de certas doenças, como a psoríase. “Caracterizada pelo surgimento de lesões descamativas e avermelhadas na pele, a psoríase é uma inflamação causada por uma agressão dos anticorpos aos queratinócitos, células responsáveis por formar a barreira protetora do tecido. Como resultado, há uma proliferação exacerbada dos queratinóticos, com consequente formação de crostas” explica a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Além disso, há a dilatação dos vasos, que leva ao surgimento de manchas vermelhas, e posteriormente, ocorre um processo de micropontos de sangramento no local devido à remoção das crostas formadas durante o processo inflamatório”

Afetando cerca de 2% da população mundial, a psoríase é então categorizada como uma doença autoimune, sendo causada principalmente devido à predisposição genética. Porém, outros gatilhos também podem agravar a doença, como fatores ambientais e, principalmente, o estresse. “Com o estresse, há a liberação de cortisol que acentua o aparecimento de substâncias pró-inflamatórias, levando assim a piora do processo que causa a psoríase”, afirma a dermatologista e tricologista Dra. Kédima Nassif, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Associação Brasileira de Restauração Capilar. “Ainda que seja mais comum em áreas de dobra, como joelhos e cotovelos, a psoríase pode surgir até mesmo no couro cabeludo, diferenciando-se da caspa por apresentar placas maiores, mais grossas e com escamas muito mais aparentes e esbranquiçadas”, ressalta a médica.

O grande problema é que a psoríase, apesar de ser uma doença benigna e não contagiosa, pode gerar um impacto significante na qualidade de vida e na autoestima do paciente, atrapalhando-o tanto fisicamente, quanto psicologicamente e socialmente. E, como é uma doença crônica, não possui cura, acompanhando o paciente durante toda a vida. Por isso, é importante investir em alguns cuidados para evitar o surgimento e piora da condição. Por exemplo, durante esse período extremamente estressante, deve-se investir em cuidados que visem o gerenciamento da tensão emocional. “É importante ter uma alimentação saudável e balanceada, aumentar a ingestão de líquidos, dormir bem e com qualidade e praticar exercícios físicos regularmente mesmo dentro de casa. Faça atividades prazerosas. Tudo isso com o intuito de trazer relaxamento e bem-estar. A meditação também é muito importante para auxiliar no controle do estresse”, recomenda a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Isaps (International Society of Aesthetic Plastic Surgery).

É interessante também que você procure se expor ao sol com segurança mesmo durante esse período de isolamento social. “A exposição segura ao sol é capaz de prevenir a psoríase e aliviar os sintomas da doença, pois a radiação solar possui efeitos anti-inflamatórios e imunomoduladores e é fundamental para a manutenção de um sistema imunológico saudável”, explica a Dra. Paola Pomerantzeff, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Segundo a especialista, quinze minutos diários de exposição solar nos braços e pernas já são suficientes. Isso pode ser feito quando você colocar o lixo para fora, levar o cachorro para passear ou estender as roupas. “Mas lembre-se de se expor ao sol com segurança, ou seja, sempre com fotoprotetor de, no mínimo, FPS 30 e amplo espectro de proteção solar e apenas nos horários recomendados, como antes das dez horas da manhã e após às quatro horas da tarde”, aconselha. Uma rotina diária de cuidados com a pele, principalmente no que diz respeito a hidratação, também é indispensável para prevenir o surgimento e a piora de quadros de psoríase.

Para aqueles que já apresentam as lesões avermelhadas e descamativas da psoríase, a doença pode ser controlada através de cuidados que serão indicados de acordo com a gravidade do quadro. “Geralmente, o tratamento envolve a hidratação do local afetado, o uso tópico de corticoides e substâncias à base de vitamina D, biológicos injetáveis e medicações orais. Tratamentos mais recentes como fototerapia, terapia sistêmica convencional e terapia biológica também são opções terapêuticas que podem ajudar no controle da psoríase”, destaca a Dra. Claudia Marçal. Mas a especialista reforça que o tratamento escolhido dependerá do grau das inflamações provocadas pela doença.

Em casos mais leves, por exemplo, a hidratação da pele combinada ao uso de medicamentos tópicos apenas nos locais lesionados e a exposição diária ao sol já são suficientes para melhorar o quadro clínico e promover o desaparecimento dos sintomas. Já em casos moderados, é necessário o tratamento com exposição à luz ultravioleta A, chamado de PUVAterapia. “Esta modalidade terapêutica combina o uso de medicamentos que aumentam a sensibilidade da pele à luz com a exposição à luz ultravioleta A (UVA), geralmente em uma câmara emissora desse tipo de luz. Esse tratamento também pode ser feito com UVB, que possui menos efeitos colaterais, e pode ser associado à fototerapia e medicação via oral”, explica a Dra. Claudia. Por fim, em caso mais graves, a dermatologista comenta que é necessário iniciar tratamentos com medicação via oral ou injetáveis. Por isso, o mais importar ao notar o surgimento dos sintomas da condição é consultar um médico, mesmo que por atendimento online.

FONTES:

*DRA. KÉDIMA NASSIF: Dermatologista e Tricologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Associação Brasileira de Restauração Capilar. Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui Residência Médica em Dermatologia também pela UFMG; realizou complementação em Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal, transplante capilar pela FMABC e em Cosmiatria e Laser pela FMABC. Além disso, atuou como voluntária no ensino de Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo. www.kedimanassif.com.br

*DRA. CLAUDIA MARÇAL: É médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da American Academy Of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). É speaker Internacional da Lumenis, maior fabricante de equipamentos médicos a laser do mundo; e palestrante da Dermatologic Aesthetic Surgery International League (DASIL). Possui especialização pela AMB e Continuing Medical Education na Harvard Medical School. É proprietária do Espaço Cariz, em Campinas - SP.

*DRA. PAOLA POMERANTZEFF: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais.

*DRA. BEATRIZ LASSANCE: Cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC. Trabalhou no Onze Lieve Vrouwe Gusthuis – Amsterdam -NL e é Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e da American Society of Plastic Surgery. Além disso, é membro do American College of LifeStyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida.


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