Indústria extrativa cresce nos primeiros meses do ano
Setor de extração de recursos naturais registra alta de 2,7% em fevereiro e projeta expansão superior ao ano anterior
Enquanto a produção industrial brasileira apresentou ligeira queda de 0,1% no início do ano, a indústria extrativa seguiu na contramão com alta de 2,7% no mesmo período, conforme dados da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O resultado reforça a posição diferenciada do setor em um cenário de desaceleração econômica que afeta outros segmentos industriais.
De acordo com o Informe Conjuntural da Confederação Nacional da Indústria (CNI) referente ao primeiro trimestre, a indústria extrativa representa o único segmento industrial cujo Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer mais em 2025 do que no ano anterior, com expectativa de expansão de 1%, superando registrado em 2024, de 0,5%.
Diante das expectativas positivas, entender como é feito o cálculo do MRP é considerado fundamental para que as empresas do setor possam aproveitar o potencial de crescimento para os próximos meses.
De acordo com informações da Nomus, a sigla significa Material Requirements Planning, que pode ser traduzido como planejamento das necessidades de material. Na prática, significa calcular as matérias-primas e os semi-acabados necessários para garantir o plano de produção, sem o risco de estagnação por conta da falta de recursos.
Como é o trabalho da indústria extrativa?
A indústria extrativa concentra suas atividades na extração direta de recursos naturais, fornecendo matérias-primas para diversos setores da economia brasileira. O setor é caracterizado por operações intensivas que envolvem a retirada de minerais, combustíveis fósseis e outros recursos do subsolo e da superfície terrestre. Na economia nacional, responde por 4% do PIB brasileiro, sendo responsável por 1,5 milhão de empregos diretos e indiretos, segundo informações da Federação das Indústrias.
Entre as principais atividades do segmento estão a extração de petróleo e gás natural e a mineração de ferro, carvão, bauxita e ouro. O segmento ainda atua como fornecedor de matéria-prima para outros ramos industriais, incluindo siderurgia, automobilística, química e construção civil.
Devido ao grande impacto ambiental dessas atividades, a indústria extrativa necessita de estratégias de sustentabilidade e investimentos em tecnologia e infraestrutura. Adotar soluções de ERP industrial é uma das alternativas para incrementar a automação nas empresas do setor, otimizando a gestão de processos produtivos e cadeias de suprimentos.
“A indústria extrativa é o ponto de partida de praticamente toda a cadeia produtiva. Seu crescimento sinaliza que há demanda por transformação, infraestrutura e desenvolvimento”, analisa o engenheiro e diretor comercial da Nomus, Thiago Leão. “Quando essa base se fortalece, o impacto positivo reverbera por toda a economia.”
País figura entre principais fornecedores de commodities
O Brasil mantém posição de destaque no cenário mundial da indústria extrativa, especialmente nas exportações de produtos como minério de ferro, soja, petróleo e gás natural. Essa inserção internacional posiciona o país entre os agentes relevantes nos mercados globais de commodities e recursos energéticos.
As regiões que concentram as principais atividades extrativas incluem Minas Gerais, conhecido pela extração de minério de ferro, ouro e cobre; a Bacia de Campos no Rio de Janeiro e a Bacia de Santos em São Paulo, importantes na produção de petróleo e gás natural; além de Santa Catarina na extração de carvão mineral e os estados do Amazonas e Pará na exploração madeireira.
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