SEGS Portal Nacional

Agro

Monitoramento e manejo de lagartas demandam atenção do produtor ante seca prolongada e chuvas irregulares

  • Quinta, 10 Dezembro 2020 11:44
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Fernanda Campos
  • SEGS.com.br - Categoria: Agro
  • Imprimir

Especialistas avaliam que se houver prevalência de estiagem e chuvas irregulares, pressão de lagartas tende a se intensificar nas lavouras; consultor indica novas formas de controle e diz que os baculovírus vieram para ficar

O atraso do plantio da oleaginosa ocorrido em algumas das importantes regiões produtivas do Brasil, além da prevalência do clima seco alternado a chuvas irregulares, tende a aumentar nas lavouras a pressão de lagartas com relevância econômica à cultura. É o que afirmam especialistas ouvidos nos últimos dias. O engenheiro agrônomo Marcelo Lima, gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da AgBiTech, lembra, por exemplo, que a ausência de chuvas acelera o metabolismo de espécies de lagartas.

“Tempo seco potencializa aumento mais rápido de gerações de lagartas da soja, ao mesmo tempo que prejudica o desenvolvimento de inimigos naturais dessas pragas”, resume Lima. “Esse cenário dificulta a boa cobertura na aplicação dos inseticidas nas lavouras, em virtude da baixa umidade e alta temperatura, e reduz o nível de controle das pragas.”

Para o engenheiro agrônomo Guilherme Ohl, sócio da Ceres Consultoria Agronômica, empresa com forte atuação da região do cerrado, as principais recomendações de momento ao produtor de soja são o monitoramento da presença de lagartas nas lavouras e a correta avaliação do nível de dano associado a esse quadro. “Infelizmente nem todo produtor faz o monitoramento, apesar dos vários recursos disponíveis para isso hoje em dia.”

Conforme Guilherme Ohl, o monitoramento bem-feito possibilita a adoção eficaz do manejo integrado de lagartas como falsa-medideira (Chrysodeixis includens), Spodopteras e Helicoverpa armígera, conforme o tipo de semente cultivada (soja Bt ou soja convencional).

“Com as ferramentas de que dispomos hoje, o MIP ou manejo integrado de pragas é a melhor estratégia a recomendar. A diversidade de produtos químicos, biológicos, baculovírus, nos dá diferentes opções de estratégia para combater lagartas com eficácia”, acrescenta Ohl. “Temos ainda a oportunidade de fazer uma lavoura mais limpa, mais sustentável, com inseticidas biológicos específicos. Estou muito satisfeito com o desempenho dos baculovírus, eles vieram realmente para ficar na agricultura brasileira.”

Em relação ao clima no cerrado mato-grossense, o consultor reforça que a safra passada (2019-20) já se apresentou mais seca do que a anterior (2018-19). Na safra em andamento (2020-21), diz ele, “o mês de setembro último foi o mais quente que já vivi no Mato Grosso”. Ohl atua no Estado há 21 anos, sendo os últimos 17 na posição de sócio da Ceres Consultoria Agronômica.

Tendências climáticas – Especialista em agrometeorologia e sócio da Rural Clima, o engenheiro agrônomo Marco Antonio dos Santos atribui o atraso das chuvas em regiões produtoras de soja, como Mato Grosso e Goiás, ao fenômeno La Niña. “As chuvas atrasaram mais do que o esperado.” Conforme o agrometeorologista, a tendência para os próximos meses é a de que as chuvas sejam mais frequentes. Contudo, ainda irregulares em áreas importantes da oleaginosa.

O agrônomo Marcelo Lima, da AgBiTech, adianta que a prevalecer o clima seco e chuvas irregulares, o produtor de soja poderá ter mais dificuldade no manejo químico de lagartas, sobretudo aquelas de controle mais difícil, como elasmo, lagarta-rosca e Spodoptera, conhecidas por causar a redução do estande da cultura. “Se consolidado, esse quadro climático torna os baculovírus uma alternativa mais estratégica ao manejo de lagartas. Estes produtos são menos sensíveis ao clima na comparação com outros biológicos.”

Desde 2002, a AgBiTech fornece produtos consistentes, de alta tecnologia, que ajudam a tornar a agricultura mais rentável e sustentável. A empresa combina experiência a campo com inovação científica. Trabalha com agricultores, consultores e pesquisadores e desenvolve soluções altamente eficazes para manejo de pragas agrícolas. Controlada pelo fundo de Private Equity Paine Schwartz Partners (PSP), a AgBiTech fabrica toda a sua linha de produtos na mais moderna unidade produtora de baculovírus do mundo, em Dallas (Texas, EUA).


Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
 

<::::::::::::::::::::>

 

+AGRO ::

Dez 05, 2025 Agro

Avanço dos nematoides exige atenção redobrada na gestão…

Dez 04, 2025 Agro

Infestação de cascudinho aumenta estresse e causa…

Dez 03, 2025 Agro

2.209 animais foram avaliados na última etapa do…

Dez 02, 2025 Agro

Da terra para a terra: Agropalma comprova eficiência…

Dez 01, 2025 Agro

Cuidados com as fêmeas suínas na lactação: o impacto do…

Nov 28, 2025 Agro

Lavagem incorreta do sistema de gotejamento pode afetar…

Nov 27, 2025 Agro

Manejo reprodutivo eficiente começa antes da…

Nov 26, 2025 Agro

Combinação de chuva e altas temperaturas aumentam…

Nov 24, 2025 Agro

Plantio do milho avança, mas pressão de doenças acende…

Nov 24, 2025 Agro

Por Que O Software De Gestão Agrícola É Um Investimento…

Nov 21, 2025 Agro

Fígado sobrecarregado e digestão falha explicam parte…

Nov 19, 2025 Agro

Desafios atuais do setor de ovos no Brasil: custos,…

Nov 18, 2025 Agro

Controle da cigarrinha das raízes se torna prioridade…

Nov 17, 2025 Agro

Tecnologia de aplicação aliada a adjuvantes eleva…

Nov 14, 2025 Agro

Recorde: 6.550 animais foram avaliados em Mozarlândia…

Nov 13, 2025 Agro

Protagonismo brasileiro: A solução para um futuro…

Mais AGRO>>

Copyright ©2025 SEGS Portal Nacional de Seguros, Saúde, Info, Ti, Educação


main version