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Por quê utilizar aromas em rações comerciais para bovinos leiteiros?

  • Segunda, 06 Abril 2020 18:02
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Amanda Pimentel
  • SEGS.com.br - Categoria: Agro
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Henrique Freitas
Gerente de Produtos Especialidades
Nutricionais e Aditivos - Bovinos de Leite -
Cargill Nutrição Animal

As vacas leiteiras são extremamente sensíveis às mudanças em sua dieta. Os odores desagradáveis ou os sabores amargos podem levar a uma baixa ingestão de ração, afetando consequentemente sua produção e o desempenho.

Atualmente, cerca de 20% de todo aroma e palatabilizante utilizados na indústria de ração animal são destinados para ruminantes. Esses aditivos não nutricionais, são utilizados em rações, minerais e sucedâneos lácteos, em sua maioria.

Para aprimorar o cheiro e o sabor das rações, a maioria das fábricas tem utilizado o aroma durante a fabricação do produto. Como resultado, o alimento se torna mais palatável, o consumo aumenta e o desempenho melhora. Umas das justificativas é que a permanência prolongada da ração na boca do animal favorece a solubilidade dos agentes aromatizantes e percepção através do sistema retronasal, uma vez que 80% do que é percebido como gosto de um alimento é, na realidade, o seu cheiro.

Os aromatizantes podem ter efeitos benéficos sobre o consumo e saúde ruminal. Nos ruminantes, o consumo é influenciado por agentes externos (ex: clima, manejo, etc), características do próprio animal (peso vivo, lactação, idade) e finalmente pelas características físicas e químicas da dieta. Tamanho de partícula, dureza do pellet e quantidade de forragem na TMR são exemplos de características físicas que podem afetar o consumo dos animais. Já o sabor e odor da dieta, são características químicas que impactam na atração pelo alimento.

Estudos têm demonstrado que a utilização de aromatizantes faz aumentar a frequência de alimentação dos animais. Ao ingerir menores porções e mais vezes ao dia, as oscilações de pH no rúmen tendem a diminuir, promovendo assim maior saúde ruminal. Ao melhorar o ambiente ruminal, há maior proliferação da população de bactérias que degradam fibra, o que por sua vez melhora a digestão de FDN, aumenta o teor de gordura no leite e melhora o escore de fezes.

Os aromas também tem sido utilizado como uma excelente ferramenta de marketing nas fábricas de ração para ruminantes. A grande variedade de aromas existentes (ex: aroma de melaço, frutas vermelhas e baunilha) permite a indústria caracterizar seus produtos, criando identidade de marca (o odor característico fica na memória dos animais e dos proprietários, fortalecendo a marca). Outra estratégia é a criação de novos produtos, permitindo o aumento de portfólio. Dentre esses produtos, estão rações para sistema de ordenha robotizado. Nesses casos, o odor da ração é extremamente relevante para incentivar as vacas a procurarem as cabines de ordenha mais vezes ao dia, e como isso aumentar a produtividade.

Outro motivo para se utilizar os aromas em rações comerciais está relacionado à tentativa de minimizar a rejeição que os animais apresentam às modificações em fórmulas, ou até mesmo a inserção de coprodutos. Em cenários de elevação no preço das commodities, alimentos tradicionais como o farelo de soja e o milho, podem ser substituídos por co-produtos como farelo de glúten de milho 21, resíduos de produção de etanol de milho (ex: DDG – dry destillers grain), farelo de algodão e etc. Nessa situação, a estratégia de adicionar aroma às rações aumenta a aceitabilidade pelos animais e garante o desempenho.

A decisão de se utilizar ou não os aromas em rações comerciais merece atenção especial, pois de fato quando optamos em utilizá-los esperamos ser bem sucedidos em nossa escolha. Devemos nos atentar a alguns pontos tais como: Para qual categoria animal este aroma será utilizado? Qual a persistência deste aroma nas rações? Qual a resistência deste produto as agressões térmicas a qual ele será submetido durante o processo de produção?

Como conclusão, a introdução de aromas em fábricas de rações para ruminantes pode ser uma estratégia benéfica para desempenho animal, além de ser uma excelente forma de fortalecer a marca, criar novos produtos e se diferenciar no mercado. Portanto, a escolha certa do produto e definição da estratégia é fundamental para garantir que tenhamos sucesso na adoção desta tecnologia.

Sobre a Nutron

A Nutron, marca de nutrição animal da Cargill no Brasil, é especialista e líder em soluções inovadoras de produção animal, por meio de desenvolvimento de núcleos, premixes e especialidades para os segmentos de aves, suínos, peixes, pets, bovinos de leite e de corte, além de suplementos para criação de gado a pasto. Há mais de 20 anos, a marca sempre atuou próxima ao produtor para atender sua demanda com conveniência, qualidade e segurança, contribuindo com a prosperidade nos negócios de cada cliente. A companhia também promove ações socioambientais nas comunidades onde está inserida, pois considera ser seu dever atuar de maneira responsável para o desenvolvimento e crescimento sustentável de toda a cadeia produtiva do agronegócio. www.nutron.com.br.

Sobre a Cargill

Os 160 mil funcionários em 70 países trabalham para atingir o propósito de nutrir o mundo de maneira segura, responsável e sustentável. Todos os dias, conectamos agricultores com mercados, clientes com ingredientes e pessoas e animais com os alimentos que precisam para prosperar. Unimos 154 anos de experiência com novas tecnologias e insights para sermos um parceiro confiável aos clientes dos setores de alimentos, agricultura, financeiro e industrial em mais de 125 países. Lado a lado, estamos construindo um futuro mais forte e sustentável para a agricultura. No Brasil desde 1965, somos uma das maiores indústrias de alimentos do País. Com sede em São Paulo (SP), estamos presentes em 17 Estados brasileiros por meio de unidades industriais e escritórios em 147 municípios e 11 mil funcionários.


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