Malwares para ataques de ransomware e phishing lideram a lista global de ameaças da Check Point Software
A Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point Software Technologies, divulgou o Índice Global de Ameaças referente ao mês de julho de 2021. Os pesquisadores relataram que o Trickbot, frequentemente usado nos estágios iniciais de ataques de ransomware, ainda é o malware mais comum mantendo-se na liderança da lista pelo terceiro mês consecutivo. Já o malware Snake Keylogger, que foi detectado pela primeira vez em novembro de 2020, subiu para o segundo lugar após uma intensa campanha de e-mails de phishing.
O Snake Keylogger é um programa que registra ou grava tudo o que uma pessoa digita em teclados; é do tipo spyware; e é utilizado quase sempre para capturar senhas, dados bancários, informações sobre cartões de crédito e outros tipos de dados pessoais. Por ser um keylogger modular .NET e ladrão de credenciais, sua função principal é registrar as teclas digitadas pelos usuários em computadores ou dispositivos móveis e transmitir os dados coletados aos atacantes. Nas últimas semanas, o Snake Keylogger cresceu rapidamente por meio de campanhas maliciosas de e-mails de phishing com diferentes temas disseminados em todos os países e os setores de negócios.
As infecções Snake representam uma grande ameaça à privacidade dos usuários e à segurança online, pois o malware pode roubar praticamente todos os tipos de informações confidenciais e é um keylogger particularmente evasivo e persistente. Existem atualmente fóruns de hackers clandestinos em que o Snake Keylogger está disponível para compra, cujo valor varia de US$ 25 a US$ 500, dependendo do nível de serviço oferecido.
Os ataques do keylogger podem ser particularmente perigosos porque as pessoas tendem a usar a mesma senha e nome de usuário para contas diferentes e, uma vez que uma credencial de login é violada, o cibercriminoso obtém acesso a todos aqueles que têm a mesma senha. Para impedi-los, é essencial usar uma opção única e diferente para cada um dos diversos perfis. Para isso, pode-se utilizar um gerenciador de senhas para administrar e gerar diferentes combinações fortes de acesso para cada serviço com base nas diretrizes definidas.
“Sempre que possível, os usuários devem reduzir a dependência apenas de senhas, por exemplo, implementando tecnologias de autenticação de múltiplos fatores (Multi-Factor Authentication, MFA) ou de login único (Single-Sign on, SSO)”, afirma Maya Horowitz, vice-presidente de Pesquisa da Check Point Software Technologies. “Além disso, quando se trata de políticas de senha, escolher uma senha forte e exclusiva para cada serviço é o melhor conselho, pois, mesmo que os bandidos consigam uma de suas senhas, isso não lhes dará acesso imediato a vários sites e serviços. Os keyloggers, como o Snake, são frequentemente distribuídos por meio de e-mails de phishing, sendo essencial que os usuários saibam olhar para pequenas discrepâncias, como erros de ortografia em links e endereços de e-mail, e sejam treinados para nunca clicar em links suspeitos ou abrir qualquer anexo desconhecido. ”
A CPR também revelou que, em julho, a “Web Server Exposed Git Repository Information Disclosure” foi a vulnerabilidade mais comum explorada, impactando 45% das organizações globalmente, seguida por “HTTP Headers Remote Code Execution” que afetou 44% das organizações em todo o mundo . A “MVPower DVR Remote Code Execution” ocupou o terceiro lugar na lista de vulnerabilidades mais exploradas, com um impacto global de 42%.
Principais malwares móveis
Em julho, o xHelper ocupou o primeiro lugar no índice de malware móvel mais prevalente, seguido por AlienBot e Hiddad.
1. xHelper - Um aplicativo Android malicioso, observado desde março de 2019, usado para baixar outros aplicativos maliciosos e exibir anúncios. O aplicativo é capaz de se esconder do usuário e se reinstala caso seja desinstalado.
2. AlienBot - A família de malware AlienBot é um Malware-as-a-Service (MaaS) para dispositivos Android que permite a um atacante remoto, como primeira etapa, injetar código malicioso em aplicativos financeiros legítimos. O atacante obtém acesso às contas das vítimas e, eventualmente, controla completamente o dispositivo.
3. Hiddad - Um malware para Android que empacota novamente aplicativos legítimos e os libera para uma loja de terceiros. Sua principal função é exibir anúncios, mas também pode obter acesso aos principais detalhes de segurança incorporados ao sistema operacional.
Os principais malwares de julho no Brasil
O principal malware no Brasil em julho de 2021 foi o Crackonosh que aparece pela primeira vez na lista do país com 5,33% de impacto nas organizações. O Crackonosh é um malware minerador que foi injetado em produtos de software populares e disponibilizados em plataformas de distribuição conhecidas por hospedar software pirateado. Para abrir um grande número de vítimas em potencial, os atacantes usam videogames invadidos. Assim que o Crackonosh for iniciado, ele substituirá os serviços essenciais do Windows. A ameaça também é equipada com rotinas antidetecção e pode excluir soluções antimalware do sistema comprometido.
Os malwares XMRig (5,33%, mesmo índice do Crackonosh) e Trickbot (4,82%) ocupam segundo e o terceiro lugar, respectivamente, na lista brasileira. Enquanto o Snake Keylogger está posicionado no quinto lugar (3,53%).
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