Será possível desenvolver software mais verde?
Vivaldo José Breternitz
Um grupo de grandes organizações da área de tecnologia da informação, que inclui Microsoft, Accenture, GitHub, Linux Foundation e outras, anunciou a criação da Green Software Foundation (GSF), entidade que pretende tornar a engenharia de software mais sustentável.
A construção de software, por si só, não gera praticamente nenhum impacto ambiental, mas o hardware em que ele é executado, gera. Os data centers consomem atualmente cerca de 200 terawatts/hora - ou cerca de 1% da demanda global de eletricidade e esse número deve aumentar violentamente na próxima década. Previsões publicadas recentemente pela revista Applied Energy dão conta que as necessidades de energia dos data centers poderão chegar a 1.287 terawatts/hora até 2030.
Embora o GSF pareça não ter metas específicas em termos de uso de energia, em comunicado à imprensa a Microsoft observa que a organização visa contribuir para que sejam atingidas as "metas do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação no sentido de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 45% até 2030". Para isso, a Fundação projetou sua missão, com objetivo de fomentar a produção de software que exija menos energia para ser processado.
Até agora, os membros da GSF não deram detalhes acerca de quais serão seus próximos passos, mas a promessa de tornar a engenharia de software mais sustentável já atraiu apoiadores, como organizações sem fins lucrativos com foco na sustentabilidade, incluindo Leaders for Climate Action, Watt Time e Green Web Foundation, além do banco Goldman Sachs.
Esperemos que a ideia vá à frente, contribuindo para, ao menos, mitigar os graves problemas ambientais que estamos vivendo e que tendem a se agravar.
Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie está na 103º posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.
Em 2021, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.
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