E não é para menos: hoje, praticamente todas as nossas informações estão armazenadas no ambiente virtual, o que torna ainda mais relevante discutir, por exemplo, o risco dos vazamentos. Recentemente, o Brasil viveu aquele que pode ser o maior vazamento de dados de sua história – com mais de 200 milhões de CPFs e 40 milhões de CNPJs de posse de cibercriminosos.

O especialista em segurança digital Marcus Garcia, VP de tecnologia na empresa FS Security, lista quatro ferramentas por meio das quais o usuário pode descobrir se teve dados como senhas vazados na internet ou na dark web.

Confira:

1 – Have I been pwned

https://haveibeenpwned.com/

A palavra "pwned" tem origem na cultura dos videogames e é uma derivação de "propriedade". A expressão é em geral usada para indicar que alguém foi controlado ou comprometido. A partir do endereço de e-mail informado, o site diz se você teve senhas ou outras informações violadas – e quantas vezes.

2 – Minha senha

https://minhasenha.com/

O site brasileiro revela quantas vezes a senha do seu e-mail foi vazada.

3 – LifeLock

https://www.lifelock.com/breach-detection/

O site, desenvolvido pela Norton, informa se suas informações foram vazadas na dark web e lista vazamentos recentes.

4 – Chaves do iCloud

A ferramenta da Apple sincroniza senhas entre diferentes dispositivos da fabricante e também indica quando as combinações escolhidas são fáceis de adivinhar ou se constam de vazamentos de sites hackeados.

O recurso está integrado ao navegador Safari em “Recomendações de Segurança” das Chaves do iCloud.

5 - Gerenciador de senhas do Google

https://passwords.google.com/checkup/start?ep=1&pr=sa

A ferramenta permite a quem sincroniza senhas na conta do Google, seja no Chrome ou no Android, saber se senhas foram comprometidas, e de quais contas.

Atenção ao CPF

“É importante o usuário se valer de ferramentas seguras que detectem vazamentos de senhas para que seus dados não sejam acessados por cibercriminosos. E é crucial que se fique atento a sites que pedem dados como o CPF, informação valiosa e que pode ser usada em uma infinidade de fraudes – de aberturas de contas bancárias digitais e saques indevidos do auxílio-emergencial, por exemplo”, destaca Garcia.

Sobre isso, por sinal, o especialista reforça: é sempre preferível que se consultem sites ou ferramentas já tradicionais (como os acima listados) a opções que, na promessa de revelar se você teve dados vazados, podem ter brechas de segurança que, intencionalmente ou não, vazam seus dados.

Confira algumas dicas do especialista:

- Nunca use a mesma senha para acessar diferentes plataformas – sejam elas e-mails, redes sociais, aplicativos de entregas, bancos, e por aí vai.

- Use um software de armazenamento de senhas – assim, você pode ter combinações variadas a cada necessidade e não precisará se lembrar de cada uma delas. “O ideal é que o usuário sequer tenha de lembrar da senha”, reforça Garcia.

- Se tiver de criar senhas, nunca use dados pessoais – como nome de familiares e datas importantes, por exemplo. “Numa engenharia social, isso pode ser facilmente detectável em buscas nos perfis desse usuário em redes sociais”, ilustra Garcia. “Prefira senhas longas e que memorizem uma frase, por exemplo”.

- Nunca, jamais salve as senhas em seu computador ou seu celular. Se quaisquer desses dispositivos forem invadidos, a privacidade de todos os seus dados fica comprometida.

- Troque as senhas periodicamente – uma vez a cada dois meses, por exemplo – e ative a verificação em dois fatores para acesso em plataformas sempre que possível.

Sobre a FS Security

Desde 2010, a FS Security desenvolve soluções para uma vida digital mais fácil e protegida. Seus principais produtos são os aplicativos Hero, de segurança digital, Limpa Zap, de otimização, e Ensina, de mobile learning. A FS também é líder de serviços de valor agregado para operadoras de telecomunicações e varejistas.