Vendas digitais: como reforçar a segurança contra as fraudes de dados?
* Por Waldo Gomes, diretor de Marketing e Relacionamento da NetSafeCorp
Os setores de compra e venda de todos os segmentos foram inquestionavelmente afetados nos últimos meses com a migração das vendas para o formato on-line, acelerando a digitalização de muitas empresas.
Como consequência do aumento de compras realizadas pela modalidade do e-commerce, cresceram também as tentativas de fraudes, situação que pode resultar em muito prejuízo caso a empresa ou o cliente esteja despreparado.
O aumento no número de vendas não precisa significar, necessariamente, um aumento no número de ataques cibernéticos bem-sucedidos. Mesmo com uma maior possibilidade de brechas, já que há maior presença do usuário na internet, o crescimento das boas transações ainda acontece em maior proporção.
O segmento de celulares foi o setor que mais enfrentou tentativas de fraude. Não por conta do aumento de vendas, mas, sim, pela liquidez e facilidade de revenda do produto, fator levado em consideração por quem aplica esse tipo de golpe.
Para responder e preparar um sistema antifraude, o primeiro passo é entender quais são os tipos de fraudes, para manter empresas e clientes preparados a reconhecer esse tipo de atuação.
A prática mais conhecida e muito presente no atual “boom” do e-commerce é chamada de “fraude efetiva”. Ela é caracterizada pelo roubo ou vazamento de dados de clientes para efetuar uma compra, recebendo o produto no lugar da pessoa que teve suas informações comprometidas.
Nesse caso, o titular do cartão pode alegar não reconhecer a compra e exigir o estorno, e muitas vezes lojista acaba sem o produto e sem o dinheiro da venda.
Outro meio de fraude muito comum tem sido o uso de páginas clonadas, em que o fraudador invade um site e altera o link de compra, direcionando os usuários para uma página falsa, que pode ser usada para gravar os dados financeiros e desviar o pagamento.
Como evitar fraudes?
Criar uma estratégia antifraude com a ajuda de um profissional da área, além de tomar alguns cuidados simples de segurança, são as melhores formas de evitar que uma situação do tipo aconteça, prejudicando a empresa e o cliente.
O primeiro passo, crucial, é garantir a legitimidade do portal. Averiguar a presença da sigla “https” no endereço da web é simples e de extrema importância. Comprovar a legitimidade do site de compra aumenta a segurança na passagem dos dados.
Procurar a procedência do portal também é essencial. Saber opiniões e comentários de outros usuários ajudam a entender o comportamento do site em questão.
Já, por parte da empresa, é sempre importante ficar atento em relação às atividades suspeitas. Essas podem ser caracterizadas por vários pedidos para a mesma conta com cartões diferentes, número de telefone que não corresponde ao código de área do endereço de faturamento, mudanças constantes no endereço de entrega de um cliente, entre outras coisas.
Atualmente, com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) em vigor, as práticas de segurança e de armazenamento dos dados tendem a passar por uma curadoria mais apurada, para que a empresa não seja autuada. Com isso, todo o sistema de segurança tende a ser mais eficiente e proteger tanto a companhia quanto os clientes.
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