Hoje em dia, é relativamente comum encontrarmos produtos como geladeiras e televisores conectados à internet. Em breve veremos com mais frequência os brinquedos conectados à internet. Várias dúvidas poderão surgir sobre o cuidado com as crianças e com as informações que circulam e é papel do Design colaborar nesse cenário.

Como serão os relacionamentos virtuais por meio desses brinquedos conectados? Como serão as questões éticas, de privacidade de dados, de educação e de lazer? São perguntas que surgem num momento em que a Internet das Coisas oferecerá possibilidade de conexão de objetos em qualquer tempo e em qualquer lugar e envolverá as esferas social, ética, econômica, política e tecnológica.

Em pesquisa recente, analisamos 10 exemplos de brinquedos conectados à internet, entre eles, baseados no reconhecimento de voz e/ou imagem; robôs habilitados por e para aplicativos; drones e outros brinquedos mecânicos; brinquedos que conectam figuras de ação aos videogames e jogos conectados de construção.

Como principais atributos, percebemos a capacidade de:
a criança alterar e criar elementos a partir do brinquedo;
o brinquedo acessar informações dos usuários e enviar à empresa;
o brinquedo identificar a posição GPS (Geolocalization Position Systems) do usuário;
o brinquedo manter um diálogo com o usuário por meio de inteligência artificial
o brinquedo manter uma relação básica entre objeto físico e virtual.

Acreditamos que um cenário no qual brinquedos são conectados à internet devemos, como sociedade, debater e buscar consensos para ao mesmo tempo em que colaborarmos para o desenvolvimento tecnológico em IoT, ampliando as capacidades econômicas no desenvolvimento de produtos, possamos cuidar dos aspectos educacionais, éticos e de desenvolvimento infantil, desenvolvimento alinhado ao consumo responsável, aspectos norteados pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela Organização das Nações Unidas para uma agenda sustentável.

Everaldo Pereira - Doutorando em Comunicação Social, linha de Pesquisa em Comunicação Institucional e Mercadológica; Mestre em Comunicação Social, linha de pesquisa em Processos Comunicacionais, Comunicação de Mercado; especialista em Planejamento e Professor do Instituto Mauá de Tecnologia.