Cinco erros comuns que podem invalidar laudos técnicos e comprometer a atuação de engenheiros mecânicos
Especialista na área, Daniel Lemos destaca falhas recorrentes que afetam a credibilidade e a segurança jurídica dos laudos, além da valorização do próprio profissional no mercado
A elaboração de laudos técnicos é uma das responsabilidades mais sensíveis da engenharia mecânica. O documento carrega não apenas a análise do profissional, mas sua assinatura, sua reputação e sua responsabilidade técnica. Apesar disso, muitos engenheiros ainda cometem erros simples e potencialmente graves que podem comprometer a validade do laudo e gerar consequências legais e profissionais.
Segundo o engenheiro mecânico Daniel Lemos, fundador da Engenhando Soluções e reconhecido como um dos principais mentores de engenheiros mecânicos no Brasil, cinco falhas aparecem com grande frequência nos laudos produzidos por profissionais que atuam em diferentes áreas da engenharia mecânica. A primeira delas é a falta de embasamento em normas técnicas, como NR-12, ABNT ou regulamentações específicas. “Sem referência direta às normas aplicáveis, o laudo perde força legal e pode ser questionado com facilidade”, explica.
Outro problema comum é o uso de descrições genéricas e subjetivas, com termos vagos que reduzem a precisão e a credibilidade do documento. De acordo com Lemos, a linguagem técnica precisa ser objetiva, mensurável e clara, de forma a eliminar interpretações ambíguas. “Expressões como ‘aparentemente adequado’, por exemplo, enfraquecem o parecer e transmitem insegurança”, afirma.
A ausência de registros fotográficos e documentos de apoio também está entre os erros mais recorrentes. Sem evidências visuais ou anexos que sustentem a análise, o laudo pode ser contestado ou até desconsiderado. Fotos, croquis, assinaturas e demais provas materiais são consideradas essenciais para uma inspeção completa.
Outro ponto crítico é a falta de detalhamento da metodologia de inspeção, incluindo procedimentos adotados, equipamentos utilizados e critérios de avaliação. Quando o engenheiro não descreve como chegou às conclusões, o laudo pode ser interpretado como opinião subjetiva, sem rigor técnico suficiente.
Por fim, o especialista destaca a importância da validação correta da assinatura, seja digital, por meio de certificado válido, ou física, acompanhada de ART vinculada. A falta desse requisito pode anular a validade legal do laudo, mesmo quando todo o restante do documento está tecnicamente correto. E evitar todos esses erros é apenas o primeiro passo, alerta Lemos. “O diferencial do engenheiro está em entregar laudos com excelência técnica, segurança jurídica e compromisso profissional. Isso eleva a valorização da categoria e fortalece o trabalho autônomo no setor”, conclui.
Sobre Daniel Lemos
Reconhecido como um dos principais mentores de engenheiros mecânicos no Brasil, Daniel Lemos realiza treinamentos online desde 2018, já foi premiado como referência digital em sua área e conta com mais de 3.500 alunos, muitos deles se destacando no mercado. Sua proposta é clara: mostrar que a engenharia mecânica autônoma é não apenas viável, mas o caminho mais promissor para a profissão no futuro. Lemos é também fundador da empresa Engenhando Soluções, escritório que presta serviços para grandes empresas da mecânica e atua em todo o Brasil.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>