Muito além do DNA: os diferentes rostos da paternidade
Especialista analisa as transformações nos modelos familiares e o impacto emocional da presença paterna na vida dos filhos
No mês em que se celebra o Dia dos Pais é importante refletir sobre o que significa exercer a paternidade nos dias atuais. Para além dos laços genéticos, a paternidade ganha novos contornos, mais afetivos, presentes e diversos, visto que o papel do pai está diretamente ligado ao cuidado emocional, à presença cotidiana e ao vínculo construído, independentemente do DNA.
“Ser pai é um comportamento que envolve cuidado ativo, afeto, presença e responsabilidade no desenvolvimento emocional, social e cognitivo da criança”, destaca Talita Rocha, professora de Psicologia da Una Uberlândia. Segundo ela, paternar é um ato de escolha e envolvimento, e esse vínculo pode ser construído por pais biológicos, adotivos, por afinidade ou socioafetivos.
Essa ampliação do conceito está associada a transformações sociais e culturais importantes, como o reconhecimento legal de novas configurações familiares, a valorização da paternidade ativa, o fortalecimento da equidade de gênero e a visibilidade de famílias homoafetivas e reconstituídas. Rocha destaca que, “além disso, o discurso social tem valorizado o envolvimento afetivo dos pais, não apenas o papel de provedor”.
A professora destaca que o que define um pai não é a origem biológica, mas a qualidade da relação construída com a criança: “Se há cuidado, presença emocional e comportamentos que promovem o bem-estar e a segurança da criança, estamos diante de uma figura paterna legítima. O vínculo é construído a partir da relação, não por um fator biológico”.
“A figura paterna é essencial como uma fonte adicional de afeto, segurança e aprendizado social. Ela favorece o desenvolvimento da autoestima, da autonomia e das habilidades emocionais da criança”, explica Rocha. Ela também chama a atenção para os desafios enfrentados por homens que assumem essa função em diferentes formatos: preconceito social, insegurança quanto ao papel e, muitas vezes, a ausência de modelos positivos em sua própria trajetória.
Ao mesmo tempo, ela aponta que o envolvimento paterno é um comportamento aprendido e possível de ser desenvolvido com empatia, responsabilidade e presença afetiva. “Os vínculos se constroem no dia a dia, pela convivência, pela escuta e pelo cuidado”, afirma.
Rocha reforça a importância de legitimar esses diferentes modelos de paternidade em espaços como escolas, ambientes jurídicos e, principalmente, dentro das famílias. “A criança que cresce cercada de amor, cuidado e estabilidade, ainda que fora do modelo tradicional, tende a uma compreensão mais ampla e inclusiva do afeto, o que favorece a desenvolver empatia, autoestima e aceitação da diversidade.”
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